O sol estava se pondo. Estava esgotado e vivia rezando para que tudo desse certo para Liam. Isso que acontecia era uma peregrinação árdua e muito exaustiva. Desde que sair do escritório de Bryan eu não o vi e nem falei com Liam. Não liguei, sequer mandei uma mensagem, ele fez o mesmo, o que era desapontante, mas coloquei na minha cabeça que ele estava se preparando para aquela maldita luta que aconteceria nesse final de semana.
A noite chegou e eu ainda estava vendo o céu. Me dei ao luxo de sair mais cedo já que tinha marcado consultas até às quatro da tarde, – eu não, minha nova secretária, Roana, que em quatros dias conseguiu reorganizar o meu mês todinho me dando tempo para tudo – logo passei o dia a orla de Venice vendo os turistas e o povo aproveitando o dia felizes, menos eu.
Lá para às oito, a corretora de imóveis me encontrou na rua Park Dr. em Elisyan Heights, um bairro residencial numa colina ao norte do Echo Park. Dava para ver o centro de Los Angeles daqui de cima e o eco que vinha lá do centro. O estádio Dodger era magnifico e acontecia algum jogo nele pelos holofotes tocarem as nuvens e dançarem enquanto as iluminavam.
A casa era de dois andares e ficava a orla da rua com poucas casas vizinhas. Era em meio a mata da colina que era coberta por verdes. Eu me daria o luxo de morar numa casa consideravelmente grande e confortável. Meu trabalho estava me proporcionando isso. A garagem tinha dois portões e acima ficava os cômodos. A cor era um verde claro com ornamentos em madeira por fora e grandes janelas de vidros. De frente a encosta coberta por matos e a paisagem muito linda da cidade.
Depois de uma visita, me apaixonei ainda mais pela casa que tinha dois quartos na parte superior com uma varanda e um banheiro cada, no primeiro andar a sala junto a cozinha enorme de pisos de granitos brancos brilhante, banheiro e um quintal de fundo cercado por muros cheios de trepadeiras e uma escada que dava para a garagem térrea. Era um bom lugar e a continuação da minha emancipação.
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– Você conseguiu o ingresso para mim? – perguntei apoiando no beiral do apartamento que estava hospedado desde que cheguei e pronto para me despedir.
– Consegui. – John me disse. – Você ainda não conversou com ele?
– Ele está treinando. – respondo a desculpa que eu botei na minha cabeça e estou acreditando. – Não vou atrapalhá-lo. – John não sabia da autossabotagem de Liam.
– Hum... – responde num suspiro duvidoso. – Se você está dizendo. – falou.
– É só isso. – respondo entrando e fechando a porta da varanda já que estava frio. – Obrigado, John. – agradeço.
– Você não está bem, Michi. – disse do outro lado da linha. – Eu vou aí. – disse.
– Não vem, por favor. – respondi rápido me jogando na cama. Eu não queria ver a cara de ninguém. – Eu já estou indo dormir.
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CLANDESTINOS
RomancePara Michael e Liam a ilegalidade se tornou a maior aliada. Era cruel. Eles sabiam, mas aqueles sentimentos que eles começaram nutrir um pelo outro eram fortes o suficiente para ambos pularem os obstáculos que eram colocados em suas vidas. "Será qu...