Querido John

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Se passaram uma semana

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Se passaram uma semana. O sol estava reinando lá fora sem nenhum resquício de nuvens. As cortinas claras estavam abertas deixando a luz entrar iluminando a sala com uma decoração mínima. Só tinha uma grande mesa com uma cadeira bem confortável e o divã próximo a grande janela. Muitas caixas estavam espalhadas esperando o montador chegar para montar minha estante para colocar meus livros que minha mãe tinha despachado e eu estava esperando chegar.

Eu amava aquele cheiro de coisas novas. Era uma vida nova e aquilo me animava. Tudo estava caminhando. Há dois dias eu me escrevi para a validação do meu diploma. Isso era necessário. Após isso eu faria uma prova, aprovado, faria uma residência onde teria que trabalhar com dez pacientes onde seria avaliado.

Como eu pedir transferência de curso para o México, eu estava dentro dos requisitos, por tanto, nada de dessa burocracia toda, apenas teria que validar meu diploma e apresentar meus documentos e currículo mostrando minha capacitação.

Essa era minha meta. Ajudar o meu povo. Amava demais isso e não podia ter escolhido melhor. Como eu tinha experiência, tudo caminharia para que isso se concretizasse, por isso me candidatei a vaga para trabalhar nos abrigos de imigração. Continuaria no mesmo ramo ajudando psicologicamente aqueles que tiveram seus planos frustrados em começar uma nova vida em outro país.

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Estacionei o carro e desci no estacionamento de uma loja de conveniência e comprei algumas besteiras. Era engraçado e estranho ao mesmo tempo, a cidade de Los Angeles parecia viva o tempo todo com seu ar convidativo e charmoso, mas caro ao mesmo tempo. Precisava urgentemente ter meu diploma qualificado para começar logo a atender e ganhar meu precioso dinheiro.

Liam tinha viajado a negócios. Morria de saudades dele. Depois da nossa noite, nos falamos só por telefone todas as noites horas a fio. Mesmo sem nenhum papo, às vezes ficávamos em silêncio escutando nossas respirações. Eu amava aquilo. Ele me prometeu que me veria e eu apenas concordei. Ele agora tinha uma vida diferente da que tinha em Baltimore e eu não iria impô-lo a nada. Era seu sonho ser lutador. Eu o apoiava mesmo não gostando daquela selvageria toda.

Meu celular tocou fazendo que eu encostasse o carro alugado e visse uma chamada privada. Eu atendi porque poderia ser o pessoal da documentação, mas para minha surpresa...

– Alô? – atendi.

– Michael? – John perguntou.

– John? – perguntei olhando rapidamente a tela do celular e voltei o telefone no ouvido.

Eu estacionei em frente a uma loja de discos e tive que descer para alimentar o maldito parquímetro antes de ser multado.

– Aonde você está? – perguntou.

Eu me sentei novamente no banco e baixei a janela para respirar.

– Bom dia, para você também, Jonathan. – respondi rudemente, John me deixava irritado. – Como você conseguiu meu número?

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