Nocaute

721 98 55
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu estava muito nervoso. Minhas unhas estavam convidativas fazendo minha boca salivar prontas a devorá-las. Me segurei o máximo que pude para não iniciar um novo vício. A luta seria hoje e o meu ingresso estava sob a cama. Sim, eu comprei uma cama que recém estava já montada no quarto pouco mobiliado.

Uma vontade de ligar para John logo martelava em minha cabeça ansioso para saber se ele tinha conseguido fazer o que a gente tinha combinado aquela manhã. Eu confiava nele e era isso... confiava que ele conseguiria. Meus tornozelos doíam de tanto que eu ia de um lado paro o outro na casa tentando numa tentativa falha de fazer o tempo passar rápido e fazer aquela ansiedade passar.

Não adiantou e eu só tive o alívio assim que John me ligou.

– E então? – perguntei ansioso me sentando no degrau da escada de entrada da casa olhando a cidade de longe.

– Feito. – disse me fazer respirar aliviado.

Eu retirei rápido o telefone do ouvido colocando em viva-voz e mandei uma mensagem para Dom dizendo que estava tudo certo.

– Ela desconfiou de algo? – perguntei passando a mão livre na testa úmida secando o suor do nervosismo.

– Não, ela não estava em casa, só o tio Liam. – me respondeu parecendo tranquilo. – Ele ficou o tempo inteiro na quadra jogando tênis.

– Obrigado, John, eu não sei como te agradecer. – falo ainda nervoso, essa era a primeira parte do plano.

– Você tem certeza que isso vai dar certo? – me perguntou. – Não confio muito nisso.

– Eu tenho fé que sim. – fechei os olhos numa prece. – Você passa aqui mais tarde para irmos juntos a luta? – perguntei.

– O Andrew me deu um cano, então eu te pego sim. – me confidencializou sabendo que eu não contaria para ninguém aquele rolo dos dois.

– Tudo bem. Obrigado novamente. – agradeci mais uma vez. – Até mais tarde.

– Relaxa, te cobro mais tarde. – disse risonho. – Tomara que dê certo, Michi. – disse para mim.

– Tomara, John. – digo num sussurro e desligo o telefone e apoio os cotovelos nos joelhos e sinto o vento bater no meu corpo sem camisa enquanto via a rua e o horizonte.



O sábado mais longo da minha vida definitivamente era esse. Liam me deixou para treinar o dia todo para sua luta valendo o cinturão e uma quantia muito gorda de dinheiro. Eu não sabia o que estava passando pela sua cabeça, ele estava confiante de que eu não iria e perderia essa luta. Jamais deixaria essa humilhação acontecer. Ele era bom nisso, mesmo tendo perdendo pouquíssimas vezes ele era incrível e tinha nascido para isso. Jamais deixaria aquela mulher vencer e levar seus sonhos com ela.

CLANDESTINOSOnde histórias criam vida. Descubra agora