Três semanas tinham se passado. Eu já trabalhava no meu próprio consultório. A residência para validação do diploma durou três dias e foi até tranquila mesmo o avaliador sendo intimidador.
De quarta a sexta eu atendia pacientes do abrigo e os restantes dos dias eram pacientes com outros problemas. Por sorte, a região privilegiada ajudava para novos pacientes que pagavam bem. John me ajudou me indicando um gerente financeiro que me auxiliou para saber quanto devia cobrar e gerenciar meu negócio.
Eu já estava vendo uma casa para alugar. Eu sairia do apartamento e precisava de um carro próprio. Como as consultas não eram baratas eu conseguiria resolver isso em menos de seis meses.
Minha mãe me ligava todas as manhãs e me mantinha informado de tudo que estava acontecendo em Tijuana. Me contava sobre Dom está namorando. Sobre meus primos se metendo em encrenca e me mandando fazer tudo que ela pedia e tomar cuidado. Eu amava suas ligações e às vezes rezávamos juntos.
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Liam me ligou cedo dizendo que passaria aqui no prédio depois de seus compromissos irritantes. Eu morria de rir em vê-lo reclamar daquilo porque ele odiava ficar sendo exposto. O pessoal que trabalhava com ele parecia ter medo dele e de seu olhar, tanto é que ninguém tinha autoridade contra ele e ele fazia o que queria. Eu não esperava nada diferente.
Nos víamos poucos. Nessas três semanas nos vimos quatro vezes, mas falávamos sempre por telefone. Estava tudo bem, eu também andava ocupado com a documentação e o consultório que agora depois de tudo resolvido ficaria mais tranquilo.
– Amanhã vou te levar para jantar. – Liam me disse quando me deitei na cama exausto depois de oito consultas. Já ia dar nove horas.
– Aonde, Liam? – perguntei desabotoando a blusa social branca fitando o teto deixando o telefone em viva-voz ao meu lado caído na cama.
– Na casa do sr. Takaishi. – disse do outro lado da linha. – Ele inventou um jantar para comemorar um negócio fechado para uma marca esportiva em parceria comigo. – respirou fundo do outro lado da linha parecendo exausto.
– Tudo bem, eu vou. – digo sorrindo me sentando brevemente na cama retirando a blusa e me deito de novo retirando o tênis com os pés mesmo ficando de meias.
– Muito trabalho, ovelhinha? – perguntou com um certo humor na voz rouca.
– Estou exausto, Liam. – falo mordendo o lábio inferior. – Só aquela massagem de lutador que você faz nas minhas costas. – respiro fundo fazendo a voz sair como num sussurro.
– Quem dera eu estivesse aí. – disse. – Amanhã eu saio de Chicago e chego a tempo do jantar e passo para te pegar. – sorriu quando terminou de falar.
– Para me pegar? Rum... Vou cobrar essa, Liam. – falo sorrindo bobo, mas com um tesão do caralho.
– Eu faço questão de lembrar quando chegar no seu apartamento. – respondeu rapidamente.
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CLANDESTINOS
RomancePara Michael e Liam a ilegalidade se tornou a maior aliada. Era cruel. Eles sabiam, mas aqueles sentimentos que eles começaram nutrir um pelo outro eram fortes o suficiente para ambos pularem os obstáculos que eram colocados em suas vidas. "Será qu...