Eu quero te falar

763 116 32
                                        


Estava um alvoroço

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava um alvoroço. A gritaria fazia meu ouvido zunir, mas era compreensível, o time da casa ganhou e as maioria dos lances e jogadas foram feitas pelo capitão do time: Bryan Takaishi.

John e sua trupe correram para o campo onde Bryan era ovacionado sendo carregado pela equipe e aparecendo naqueles telões enormes enquanto a torcida ovacionavam ele por ter levado a equipe a final da temporada.

Era ele o herói do time.

Na arquibancada, naquele espaço reservado, apenas ficou os pais de Bryan, os olheiros parecendo felizes e eu.

Eu retirei meu celular do bolso depois de muito tempo e verifico naquele canal online de lutas de MMA e me decepciono com site derrubado e sem saber se Liam ganhou ou não?

– Ele ganhou. – Liam pai parou ao meu lado chamando minha atenção.

– É! Bryan é ótimo, mas o time merece créditos também. – falei pondo o celular no bolso e o encarando.

– Não é do Bryan que estou falando, é do Liam. – disse respirando fundo e sorrindo de canto. – Ele ganhou por nocaute. – falou ainda com um sorriso no rosto parecendo orgulhoso.

– Ai! Minha Virgenzinha! – colocou a mão no peito e respirei fundo feliz. – Como você sabe? – perguntei.

– Tenho meus contatos. – disse bebericando um gole da bebida que estava na sua mão.

Eu semicerrei os olhos para ele estranho assentindo com a cabeça e vi que sua esposa, Claire, estava nos observando de longe com um olhar nada feliz.

– Você é sempre assim? – Liam pai me perguntou olhando para trás para sua mulher que cruzou os braços e fez uma cara pior que já estava.

– Assim como? – pergunto o olhando agora e desviando meu olhar daquela mulher.

– Desconfiado. – disse.

– Sr. Takaishi, eu sou um imigrante, ser desconfiado aqui nos Estados Unidos é uma obrigação. – falo fungando o nariz com irritação daquela tinta na minha cara.

Ele sorriu e gargalhou, toda vez eu ficava impressionado com ele, eu sempre via Liam ali em cada expressão que ele dava. Era assustador.

– Querido? – Claire se aproximou me olhando com um sorrisinho que era forçado e tocou o braço do Liam pai. – Vamos! Precisamos felicitar nosso filho. – disse.

– Vamos. – disse entrelaçando os dedos das mão nos dos dela. – Você vem dar os parabéns ao Bryan?

– Já vou. – falei sorrindo. – Podem indo, vou aproveitar mais a comida daqui. – falei sorrindo amarelo para aquela mulher que me reparava de cima embaixo.

– É claro. – ela disse erguendo as sobrancelhas perfeitas e jogando uma grande mecha do cabelo atrás da orelha.

– Te vejo lá embaixo. – Liam pai disse para mim saindo e arrastando a mulher para longe.

CLANDESTINOSOnde histórias criam vida. Descubra agora