2.1.2 - Passado

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Capítulo 12 - Passado:

"Olho para trás, para não errar na frente"

SeungCheol espera JeongHan vestir o cropped para então abrir a porta. O supremo de água tem suas pupilas dilatadas para o alfa, o outro encara isso como uma ameaça. Então se mantém atento.

- No que posso ajudá-lo? - pergunta firme. O ômega percebe a tensão em que está ali, então para amenizar, abraça o marido por trás, tentando ao máximo passar tranquilidade.

- Desejo conversar com ambos... - olha para os dois. Observa a camélia no cabelo de JeongHan, então estreita os olhos.

- Q-Quem te deu isso? - pergunta apontando para a flor.

- A camélia? - questiona pegando a flor - É linda, não é?

- Eu não havia reparado nela, quem te deu, JeongHan? - SeungCheol se separa para observar o ômega sorrindo para a flor.

- Uma andorinha. - um bolo se forma na garganta de MinGyu. Sendo que se esqueceu do porque de estar ali.

- Que fofo, até os animais você atrai. - SeungCheol sorri com tal fato. Olha para o mais velho de novo e estranha sua expressão.

- D-Depois... Conversamos... - é a única coisa que diz antes de sair da frente daquela casa.

O casal não entende nada, mas preferem não ir atrás para questionar.

Andando por entre as pessoas - que vão para casa pelo sol estar se pondo - é puxado para o centro de oração. Vê que o feiticeiro, HyunSuk, havia o puxado.

- Foi você que mandou a andorinha, não foi? - pergunta raivoso.

- Fui eu sim, por que? - cruza os braços brincalhão - Não quer se lembrar do seu passado?

- Meu passado foi um erro. - ainda estava com raiva - Não deve ser lembrado, quero recomeçar levando meu filho.

- Separá-lo de onde nasceu, cresceu e está prestes a se reproduzir? Para quê? - descruza os braços tentando entender o lado de MinGyu.

- Nascer ele nasceu. Mas ele REALMENTE cresceu? Cresceu do jeito que uma PESSOA NORMAL deve crescer? NÃO!! MEU FILHO foi mantido em cativeiro, como um BONECO para se casar com um alfa que NEM CONHECIA!!! - joga para fora dando ênfase em algumas palavras - Não admito que um futuro ômega supremo, MEU FILHO ÔMEGA, seja tratado desda maneira. Neste país desprezível.

- Eu entendo seu lado como pai, mas foi o próprio Omma dele que decidiu isso. Além do mais, você só o conheceu hoje. Mal sabia que o ômega com quem dormiu uma noite estava grávido. - vê que esses argumentos não estão funcionando para deixá-lo pensativo. Então resolve cutucar bem na ferida - E foi nesse país desprezível, que você amou a primeira pessoa da sua vida. Foi nesse país desprezível que você plantou sua primeira e segunda semente. E foi nesse país desprezível... Que você cometeu um crime horrível.

Agora sim, havia alcançado seu objetivo. MinGyu olha o chão pensativo. Com certeza está se lembrando... Da chuva... Do sangue... Do choro...

- Pare, não toque mais nesse assunto. - fala cabisbaixo. Não quer se lembrar daquilo.

- Não conte ao JeongHan que você é o pai dele. Muito menos ao SeungCheol. - pede/ordena - Eles não podem saber. De N.A.D.A!!

O alfa não diz nada. Apenas toma rumo para um chalé onde irá dormir durante esses dias.

Ao longe dali. SeungCheol está sentado em um sofá - completamente - rosa - choque, por sinal - enquanto suplica para SoonYoung.

Havia dito a JeongHan que iria ajudar o povo a desarrumar as coisas. Mas na verdade seus planos são outros. E não podia falar a verdade, viu como o ômega morreu de ciúmes do Kwon, então é melhor não arriscar.

- Vai, por favor, me empresta? - junta as mãos em forma de oração novamente - Eu sei que você e o Satanás... - vê a cara feia do ômega - Digo, SatanHoon... - mais uma vez um suspiro reprovador igual dos que deu antes, quando começou a explicar do porque de estar pedindo o que pedia - E o JiHoon usam, mas são só 5 dias.

- Essas coisas não se emprestam, SeungCheol. - traga mais um pouco do cigarro.

- Não preciso dos vibradores nem plugs, os lubrificantes também não. - pede ainda mais.

- OK, eu te empresto minha maleta do prazer. Espere só um pouco.

Para sentir paz, ele decide seder. Vai para o fundo do corredor da casa e pega uma maleta onde haviam chicotes, cordas, correntes, couros e calcinhas. Entre outras coisas.

Separa o que o alfa não irá precisar e vai com a maleta até a sala.

- Aqui, agora vaza. - entrega para o outro que se levanta e o suspende do chão.

- Obrigado, obrigado, obrigado.

Assim que está comemorando com SoonYoung nos seus braços, a porta é aberta por outro ômega, que entra.

JiHoon observa bem a cena antes de dar de ombros e começar a caminhada até o quarto, onde é parado pela voz do único alfa ali.

- Não está com ciúmes, Woozi? - a pergunta é brincalhona. Fazendo o ômega com o cabelo vermelho rir tanto com a pergunta do alfa, tanto pela resposta do namorado.

- Eu confio no meu taco, Choi SeungCheol. - fala por fim seguindo seu caminho.

- O taco dele é tão bom assim para um ômega ter esse ego todo? - faz a pergunta para Soon.

- O taco dele é maravilhoso. - ri da expressão de nojo que o outro faz - Agora sai daqui, antes que o seu ômega venha te procurar.

Então o supremo sai da casa dos dois ômegas. Seguindo seu caminho para encontrar Amber. Assim que a encontra, avisa para tomar conta de tudo durante o cio de JeongHan e fazer companhia ao visitante.

Focando em não deixá-lo só. O que nunca deve ser feito para um país inimigo.

Claro que manda avisar o povo, está com vergonha de fazer isso pessoalmente. Quando chega em casa, o ômega dorme tranquilamente no sofá.

Esconde a maleta de baixo da própria cama e logo desce para pegar o esposo. Toma banho e se joga ao seu lado.

Pensa no quanto vai ser difícil e desconfortável esse cio... E se realmente daria conta.

Mas também pensa no quanto prazeroso seria. Um ômega apenas tocado por si desde pequeno... No quanto é apertado.

Pensando nisso não percebe o olhar do esposo em si.

- Ei... - JeongHan sussurra, agora sim chamando a atenção do alfa.

- Hum? - responde olhando nos olhos do ômega.

- Me dá um apelido. - pede simplesmente - O único que me deu até agora foi oferecido, e eu te chamo de Cheollie.

- Deixa eu ver um... - pensa - JeongHan... JeongHannie...? Jeonggie...? Han...? Hannie! - sorri - Gostei de como soa.

- Hannie? - o ômega repete - Hannie! - repete mais uma vez sorrindo, como uma criança - Eu gostei.

Se encaram. Vão se encarando até ter seus lábios colados. E nisso apenas vão dormir 23:30. Apenas se beijando.

O Líder Da AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora