O Líder Da Alcatéia

3.2.2 - Exílio

Capítulo 22 - Exílio:

"Meu orgulho é maior que meu coração!"

Hansol corta mais um pedaço da maçã e da na boca de SeungKwan.

- Não vai mesmo me soltar? - o gama pergunta depois de mastigar.

- Não vou deixar você se suicidar e matar nosso filho. - fala por fim cortando mais um pedaço.

O alfa sentiu o cheiro de SeungKwan até o local em que nasceu. A casa de pedra, que é totalmente esquecida. Havia uma poção deixada por HyunSuk no local. Amarrou o gama já que esse lutou muito para querer tomar a porção que o alfa jogou fora.

- Você não me respondeu de quem eram os outros 2 filhotes que abortou. - deixa a faca de lado e se aproxima. do gama.

- O segundo foi depois do meu divórcio com o SeokMin. - responde sentido Hansol cheirando seu pescoço - O primeiro foi do DK, não usamos camisinha no nosso primeiro cio juntos. Para meus pais não descobrirem, tive que abortar.

- Odeio a história de amor perfeito que vocês tem. - se afasta do gama - E eu ainda deixei aquele idiota tocar no Chan.

SeungKwan suspira e joga a cabeça para trás. Realmente a época em que namorou com o beta foi incrível. Tudo eles tiveram em primeiro, primeiro beijo, primeira paixão, primeira vez de mãos dadas, primeiro amor, primeiro relacionamento, primeiro a pedir para namorar na porta, primeiro cio, primeiro noivado... Enfim, tudo em primeiro.

Concluído que primeira traição também.

- Por que vocês tinham que ser tão perfeitos? Eu nunca vi vocês brigarem. Eu nem sabia que ele havia te traído de maneira tão trágica. - se ajoelha diante da cadeira em que SeungKwan está, pousa as mãos nas coxas do gama e lhe olha nos olhos - Eu queria ter sido o seu primeiro em tudo.

- Pelo menos você foi o primeiro a me fazer sofrer por mais tempo. - o líder do exército de gama desvia seus olhos do alfa.

- Kwan... - calmamente o Chwe beija a bochecha do gama fazendo trilha para o pescoço e sube para a boca, mesmo estando virada.

SeungKwan não aguenta seder um beijo do alfa, tanto pelos hormônios, tanto por sentir falta daqueles lábios. Nunca trocaram um beijo romântico, esse é o primeiro. Todos sempre são arrogantes e quentes.

Mesmo desconfiado, devagar Hansol desfaz o nó da corda que prende os pulsos de SeungKwan atrás da cadeira. Logo o gama passa seus braços pelo pescoço do alfa e acaricia sua nuca.

- Espera... - o alfa para o gama que já iria se jogar contra si - O segundo... Você não respondeu de quem era ou se abortou.

SeungKwan suspira e levanta da cadeira. Anda um pouco aos olhos atentos de Hansol, pensando se devia contar ou não.

- OK, vou contar desde o meu casamento. - se prepara lembrando de bastante coisa - Como deve saber, na verdade todos da aldeia devem saber. Eu casei aos 15 anos com o DoKyeom. - sorri de lado ao se lembrar do casamento que foi perfeito - Me separei no final daquele mesmo ano. No ano novo, por raiva, raiva e pura vingança. - estala uma mão na outra - Eu fiquei com... - olha para Hansol que espera um nome.

- Com quem SeungKwan? - o nome que o outro dá-lhe o surpreende sendo que nunca imaginária uma ligação entre os dois.

- Wen Jun Hui. - morde os lábios e contina - Usamos camisinha, mas ela estourou. Eu tinha apenas 15 anos na época, não queria ter um filho, mas o Jun queria, então eu o dei, na viagem que fizemos para um treinamento. - a viagem dura exatamente 1 ano e é composto por um ser de cada espécie - Apenas eu, o Jun, o SoonYoung e a TaeYeon, sabemos que eu tive um filho com ele. Eu tive o Mark com 16 anos, e hoje ele tem 7 anos, meu pequeno gênio. - sorri ao se lembrar das músicas que o filho compõe - Nunca se perguntou de onde veio o filho do Jun? Sendo que ele é casado com o MingHao e os dois são alfas?

Hansol está boquiaberto com a história. Nunca imaginária que algo assim pudesse acontecer tão "naturalmente" sem ninguém perceber. E o pior, sem sentimento nenhum por trás.

- A cicatriz... - o alfa fala baixo, lembrando da cicatriz que o gama tem no ventre - Não foi de uma guerra...

- Não, não foi. - sorri pequeno - O Mark sabe que sou o Omma dele, mas dissemos para guardar segredo.

(...)

- Você... O que? - SeungCheol digeria o que seu ômega havia contado.

O seu ômega é um de água? O seu esposo é filho do homem que matou seu pai?

Imagens do dia em que viu seu pai ser morto começa a passar pela sua cabeça.

"- Papai... - SeungCheol grita correndo pela floresta, onde brinca com o mais velho.

Ele ri e ouve a voz de seu pai dizendo: "Venha me pegar". É aniversário de SeungCheol e a função do supremo é distrair o mais novo para a festa surpresa ser feita.

Até que a voz do seu pai para. O pequeno Choi desconfiado, se esconde atrás de uma árvore. E ao longe vê um homem e seu pai.

- O que faz aqui, MinGyu? - o outro alfa gira a espada que tem nas mãos. SeungCheol reconhece que é um de água por causa do fardamento - Não devia estar cuidando do seu reino? Afinal está em guerra.

Um supremo de água. SeungCheol descobre ser.

- Vim resolver umas coisas com você. - anda ao redor de T.O.P que está completamente desarmado - Seus soldados não estão fazendo o trabalho direito...

- E o que isso tem haver comigo? Não sou eu que os treino. - o alfa de fogo cruza os braços.

- Você deve conferir os treinos deles, já que se eu morrer, você morre. - para na frente do Choi.

- Hum. - ri nasalado - Se é fraco ao ponto de me pedir ajuda na guerra, é fraco ao ponto de tentar me matar.

Dá as costas e logo vê SeungCheol atrás da árvore.

- Papai. - sai lentamente e grita ao ver a cabeça de seu pai sendo retirada pela espada - PAPAI!!

MinGyu olha para si e começa a rir. Até que sua visão começar a ficar escura."

- S-SeungCheol. - sem perceber, o alfa está sufocando JeongHan contra a parede - Por f-favor, me deixe explicar.

- Explicar o que? - mesmo voltando ao normal, continua sufocando o ômega que já começa a ficar vermelho - Que seu pai decapitou meu pai? Que vocês são um bando de desgraçados? - rosna deixando JeongHan com mais medo do que já está.

O ômega começa a puxar ar e se debater para tentar se soltar. Até que o alfa larga, ele cai no chão e começa a chorar tentando recuperar o fôlego.

- Eu poderia te matar, mas eu te amo demais para isso. - olha de cima vendo o estado de JeongHan no chão - Mas você está exilado da minha terra. Nunca mais volte aqui, vá embora com seu pai.

O Choi começa a andar em direção a escada, quando o ômega levanta e segura seu braço.

- Cheol... - não termina de falar pois é arremessado contra a parede pelo braço que agarra de SeungCheol. A última coisa que vê é seus olhos em uma cor avermelhada... Como se estivesse em transe.

Bate a cabeça forte, fica fraco. Mas o ódio de SeungCheol não o deixa ver o que fez de errado.

- Nunca mais me toque. - e enfim sai de casa.

Deixando um ômega chorando no chão do andar de cima, que logo desmaia.