Capítulo 33: Apaixonado

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Eu acabei de limpar os ferimentos de Artur e fui abrir aquelas janelas para iluminar o quarto.

-o que você pensa que está fazendo? -Artur me perguntou.

-eu vou abrir as janelas, Aqui é muito escuro. - respondi.

-o rei não gosta da claridade, não mais... - Artur me advertiu.

-eu sei, mas esse quarto é nosso, e a porta está trancada. - disse apontando para a porta.

-você sempre foi assim? - ele me perguntou indignado.

-assim como? - perguntei já destrancando uma das tantas portas.

-desafiadora.

-sempre, foi uma guerra para me converte. - falei sem pensa no que dizia.

-ele me olhou confuso. - achei que você sempre foi da igreja.

Eu fiquei confusa ao ver que Artur havia me entendido.

-ser da igreja e uma coisa, ser convertida é outra. - Me sentei ao seu lado. - eu até ia, mas não queria nada serio até que um dia eu vi que estava cega e decidi mudar.

-me explica isso. - ele se arrumou na cama.

-eu me apaixonei perdidamente por um rapaz, mas percebi que ele não gostava de mim, alias nem bola ele me dava, ai eu fiquei muito mal foi quando eu decidi que estava na hora de mudar de vida, então me entreguei a Deus totalmente.

-você já se apaixonou?- ele me olhou desacreditado.

-você não? - olhei assustada para ele.

-eu não saberia te responder isso.

-como assim? Você sabe quando gosta de alguém, reações são nítidas. - me levantei. - cara de boco, o coração acelera você fica vermelho, não para de pensa na pessoa é isso. - comecei a contar nos dedos às reações que sabia.

-então eu acho que estou apaixonado. - Artur me olhou ficando vermelho.

Olhei para ele e percebi que meu rosto começou a esquentar, eu não consegui dizer nada, de tão nervosa que estava, mas me aproximei dele, mexi em seu cabelo por alguns instantes e desci minha mão sobre seu rosto.

Artur se levantou me segurando pela cintura.

-eu não estou pedindo para me dar mais do que um beijo. - Artur disse ofegante.

-e já disse que não posso te dar esperan...

Artur não me deixou terminar de falar e me beijou. Eu queria resistir e empurra-lo, mas não consegui fazer isso. Sem perceber ao certo quanto tempo estamos nos beijando Artur me levantou me apertando.

- Artur. - disse baixo, mas ele não ouviu. - Artur!- gritei.

Ele tomou um susto me colocando no chão.

- desculpa, não queria desrespeita-la.

Uma Rainha sem CoroaOnde histórias criam vida. Descubra agora