Capítulo 57

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Isadora e Sérgio olhavam a campanha na internet de 5 em 5 minutos para ver se tinha alguma informação.

- Aí Isadora estou começando a perder a esperança.

- Não podemos perder a esperança Sérgio, temos que pensar positivo.

E de repente chega uma mulher no hospital.

- Oi eu vim doar o meu sangue para o Fernando. Fala a moça.

- Que maravilha! Venha, o meu irmão está precisando muito dessa doação.

- O meu sangue é O- eu fico feliz em poder ajudar.

A doação é feita e o sangue é levado para Fernando urgente para a recuperação ser rápida.

- Eu sei que não tenho nada a ver com isso, mas será que eu posso ir ver o Fernando?. Pergunta a mulher.

- Claro! Pode vir. Fala Sérgio.

A mulher começa a olhar para o rosto de Fernando e logo vê um colar na estante do quarto.

- Aonde vocês encontraram aquele colar?.

- É que ele é adotado aí quando nos adotamos ele já tinha esse colar.

- Este colar é meu, o Fernando é o meu filho. Fala a mulher com lágrimas.

- Mas você parece ser tão jovem, como pode ter um filho da idade do Fernando?. Pergunta Aline assustada.

- Eu engravidei aos 14 anos de idade e eu até que gostei da ideia de ser mãe, no dia do parto eu estava tão feliz com aquele bebê no meu colo e falei que iria amar ele para sempre, mas a minha mãe não queria ser avó então ela obrigou eu a abandonar ele, mas na hora que eu deixei ele naquela caixa de papelão eu deixei junto esse colar com a esperança de um dia eu encontrar ele.

- Que história! Eu pensava que o Fernando não tinha pai e nem mãe. Fala Sérgio assustado.

- Mas eu fico feliz que ele conseguiu ser adotado por uma família que amou ele e conseguiu dar tudo do bom e do melhor, me orgulho saber que o meu filhinho se tornou um grande cirurgião.

- Como é seu nome?.

- É Gláucia.

- Então Gláucia você não vai tirar o meu irmãozinho de mim, ele faz parte da minha família e a gente não tem culpa se você largou ele quando era bebê.

- Se eu pudesse escolher eu nunca teria deixado o meu bebêzinho, mas foi minha mãe que me obrigou se eu não deixasse ele, ela falou que iria me expulsar de casa e eu teria que viver na rua.

- Gente calma! O Fernando já tem mais de 20 anos, ele pode decidir o que é melhor para ele. Fala Isadora.

- Mas Isadora nesse momento ele não tem condições de tomar nenhuma decisão agora. Fala Sérgio.

- É por isso que o melhor a se fazer agora é esperar ele acordar do coma, se recuperar e assim perguntar qual a decisão dele.

- O estado dele é grave mesmo?. Pergunta Gláucia com lágrimas.

- Infelizmente sim, ele tem muitas dificuldades para respirar. Fala Aline.

- Eu vou vim visitar ele todos os dias e quando ele acordar eu vou dizer que eu sou a mãe dele e vamos fazer várias coisas de mãe e filho. Fala Gláucia dando um beijo em Fernando.

Sérgio fica furioso e sai do quarto indo para o vestiário dos médicos.

- Sérgio se acalme, por que você está bravo desse jeito?. Pergunta Aline assustada.

- Você ainda pergunta Aline! Olha aquela mulher acabou de chegar aqui no hospital e já quer pegar o Fernando da gente.

- Não é bem assim Sérgio, pensa no lado dela, ela ficou todos esses anos procurando o filho e agora que ela encontrou ela descobre que ele está em coma, correndo risco de vida, deve ser uma situação bem complicada para ela.

- Mas quem deixou uma criança dentro de uma caixa de papelão debaixo da chuva foi ela.

- Mas ela já disse que não foi ela e sim a mãe que obrigou, e ela parece ser uma boa pessoa acho que não faria nada para machucar um bebê.

- Espero que o Fernando não queira ficar longe de mim, eu amo muito o meu irmão já foi difícil ele ficar em Washington longe da gente.

- Eu sei como que é, mas o Fernando também ama você e seus pais, ele não vai ficar longe de ninguém. Fala Aline dando um abraço em Sérgio.

Uma semana depois...

Devagar Fernando acorda do coma.

- Fernando você está me ouvindo?. Pergunta Sérgio.

- Onde estou?. Pergunta Fernando confuso.

- Você está no hospital, você foi atropelado lembra?.

- A Fátima desistiu de se casar comigo?.

- Sim, mas não se preocupe com isso agora, tente descansar.

- Meu filho! Você acordou!. Fala Gláucia alegre.

- Desculpa mas acho que está me confundindo, você não é minha mãe.

- Sim querido você é meu filho, fui eu que doei o sangue para você.

- Isso é verdade Sérgio?.

- É sim Fernando, ela é a sua mãe.

- Eu sei que parece um pouco estranho você acordar do coma e de repente descobrir que tem outra mãe, mas o meu nome é Gláucia então se você não quiser me chamar de mãe por enquanto não tem problema, pode me chamar de Gláucia.

- Sérgio eu não estou entendendo você não é meu irmão?.

- E que quando eu nasci a nossa mãe teve uma doença e conseguiu mais engravidar e eu queria muito ter um irmãozinho para brincar aí em um dia chuvoso nos ouvimos um choro de bebê vindo dentro de uma caixa de papelão foi aí que nos encontramos você é decidimos te adotar aí você virou o meu irmão, e mesmo tendo mães diferentes você continua sendo o meu irmão e minha família tem um carinho enorme por você e nunca me tratou diferente você estudou nas mesmas escolas que eu, fomos na mesma faculdade, se tornamos médicos juntos e hoje trabalhamos no mesmo hospital então você é meu irmãozinho sim do coração.

- Mas porque vocês nunca me contaram essa história?.

- Por que tínhamos medo de você se sentir diferente da nossa família, e quando a gente te encontrou você tinha poucos dias tinha acabado de nascer, então você fez parte da nossa família desde o seu nascimento.

- Mas Gláucia porque você me deixou dentro de uma caixa de papelão?.

- Eu não tive culpa, eu fiquei grávida aos 14 anos de idade eu até fiquei feliz por que gostei da ideia de ter um filho, mas a minha mãe não queria ser avó então ela obrigou eu te abandonar e ela falou que se eu não deixasse você ela iria me expulsar de casa então eu não tive outra opção, mas com você eu deixei esse colar com a esperança de um dia te encontrar.

Continua....









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