Capítulo 89

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No hospital era difícil ver alguém sorrir ou alguém dar bom dia, estava tudo muito silencioso e muitas lágrimas ainda desciam dos rostos daqueles que estavam naquele hospital.

- Puxa agora como a gente vai trabalhar sem o Sérgio?. Pergunta Aline com um olhar triste.

- Te pergunto a mesma coisa amiga, lá em casa o Fernando só chora e eu entendo ele perder um irmão não é fácil! Quando a Virgínia morreu eu demorei muito para conseguir sorrir novamente.

- Mas a Virgínia tinha uma doença grave então sabemos que ela descansou, mas o Sérgio era um homem saudável a gente não esperava que essa tragédia fosse acontecer.

- Gente é melhor parar com esse choro! Vamos trabalhar. Fala Fernando para os médicos.

- Querido você deve estar muito triste com toda essa situação, você não quer ficar alguns dias em casa?. Pergunta Isadora preocupada.

- Não precisa Isa! O que vai me deixar mais triste é ficar sem trabalhar.

E de repente Fernando ouve alguém chamar seu nome e quando olha para trás se depara com sua mãe Gláucia.

- Mãe? O que faz aqui?.

- Oi filho! Eu fiquei sabendo da morte do seu irmão Sérgio e vim como sua mãe, você não quer passar algum tempo comigo?.

- Vai amor, vai ser bom para você. Fala Isadora sorrindo.

- Tá bom, vamos mãe.

- Você quer ir tomar um sorvete?.

- Eu prefiro ficar observando a paisagem.

- Então vamos naquele parque onde nos costumávamos a ir.

- Pode ser.

Chegando Gláucia e Fernando sentem em um banco e Fernando não consegue evitar a lágrima cair.

- Pode chorar meu filho! Eu sei que o Sérgio era uma pessoa muito especial para você e é claro que ele vai fazer muita falta.

- Mãe eu vou ser pai, ele seria o padrinho do meu filho, você não acha que isso é uma loucura? Ele partir sem poder conhecer o afilhado.

- E que todos nós nascemos, crescemos e chega o dia que a gente precisa partir e isso vai acontecer com todo mundo.

- Eu não consigo acreditar que eu nunca mais vou poder ver o rosto dele.

- Mas você pode dar muito orgulho a ele sendo um ótimo cirurgião como você sempre foi.

- Mamãe eu posso dormir na sua casa hoje?.

- É claro que pode filho. Fala Gláucia dando um beijo na testa de Fernando.

Chegando em casa Aline entra e vê Heloísa na sala assistindo filme com pipoca e refrigerante.

- Heloísa abaixa o volume dessa televisão!.

- Ah não mãe, está tão bom ver o filme com o volume bem alto.

- Mas eu estou cansada e quero dormir! E eu não vou conseguir dormir com o volume dessa televisão.

- É só fechar a porta do seu quarto que você não escuta nada.

- EU MANDEI ABAIXAR. Fala Aline pegando o controle da mão de Heloísa.

- Aí mãe como você está chata! Isso é porque aquele médico morreu?.

- O Sérgio era um grande amigo e eu vou sentir muita saudade, mas eu estou cansada tive o dia difícil hoje e tudo o que eu quero nesse momento é deitar na minha cama e ficar sossegada.

- Eu preparei um jogo de cartas para a gente mãe, você quer jogar?.

- Hoje não filha, aliás você já se desculpou com a Adriele e o pai dela?.

- Não e nem vou! Eu só fui sincera com aquela caipira! Ela estava te abraçando só para me provocar.

- Não é isso Heloísa! Eu tenho um carinho enorme pela a Adriele e ela sente o mesmo por mim.

- Então você quer dizer que você prefere ela do que eu?.

- Eu não disse isso.

- Mas estava se referindo, mas tudo bem eu não me importo, pode ficar com aquela caipira eu nem ligo.

- Heloísa quando que você vai parar de ser tão arrogante?.

- Nunca! Eu gosto de ser assim.

- É uma pena! Por que se continuar assim você não vai chegar a lugar nenhum. Fala Aline e sai.

Continua....

























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