26. Fica!

66 12 3
                                    

Duas semanas se passaram. Um novo dia começou, eu já estava muito exausto de passar boa parte do dia ajudando o Estevão a cuidar do pai dele. Mas, exaustão não é o mesmo que desprazer. Em momento algum foi um problema pra mim ajudá-lo. Pelo o que já passei na minha vida, até mesmo com meus pais, sei que esse é um momento difícil e o Estevão não tinha ninguém tão próximo nesse momento para lhe dar o apoio necessário. Só ás vezes que seu tio e sua tia os visitavam para ver como o pai dele estava, tentavam ajudar em algumas coisas, mas não era o suficiente. Estevão está dando o máximo dele e isso tem me preocupado.


Hoje, quarta-feira, saí da escola e decidi ir ao hospital. Eu não sabia como as coisas andavam porque Estevão detesta usar celular, mesmo tendo um para usar. Na última semana seu pai passou pela tal cirurgia, que correu tudo bem. Até então, a informação mais atualizada que tenho é que ele está apenas em obervação por mais alguns dias.

Chegando lá, avisto o carro do tios de Estevão no estacionamento do hospital. Eu reconheci porque já tinha os visto algumas vezes anteriormente.

- Pietro! - Ellen, tia de Estevão, me avista assim que sai do carro e me chama.

- Oi! - eu digo enquanto me aproximando deles. - Senhora Ellen, Senhor Otávio! - eu os cumprimento com aperto de mão e logo percebo que ambos estão felizes. - Que bom que vieram aqui hoje.

- Não está sabendo, Pietro? - Ellen pergunta entusiasmada.

- Sabendo do que exatamente?

Eu olho para eles e lanço um sorriso falso de quem não está entendendo nada.

- Marcelo, pai do Estevão, recebeu alta hoje de manhã! - Otávio responde.

- O que?! - eu respiro fundo e sorrio abundantemente - Sério?! - eles fazem que sim com a cabeça. - Isso é ótimo!

E quando olho para trás, em direção a porta principal do hospital, vejo Estevão e seu pai saindo. Seu pai apoia uma das mãos no ombro de Estevão e a outra se apoia numa bengala de ferro, mostrando um pouco de dificuldade ao caminhar. E quando nos avista, ele sorri. Aquilo foi completamente aliviante pra mim.

Ambos se aproximam e vem conversar com a gente.

- Que bom ver vocês! - pai de Estevão nos recepciona com muita alegria.

Falamos com ele e logo encaro Estevão com um sorriso no rosto, o mesmo retribui.

- Pietro... - Estevão chega perto de mim com um belo sorriso.

- Que bom ver vocês dois bem - eu sorrio para ele com o coração cheio de alegria.

- Obrigado por ter vindo.

Nossos olhares se intensificam ainda mais. É nítida a nossa alegria.

- Vocês vão com a gente? - a tia dele nos interrompe.

- Não. Podem indo, encontro vocês em casa daqui a pouco - Estevão responde.

- Tá bom. Tchau Pietro, foi um prazer novamente! - sua tia Ellen fala de um jeito super amigável.

- Adeus, Pietro! Esperamos te ver em breve! - seu tio Otávio conclui.

- Tchau! O prazer foi meu, espero vê-los em breve! - respondo com muita felicidade e aprecio a educação e carinho deles enquanto entram no carro para ir embora.

- Vamos? - Estevão me chama para andar.

- Vamos.


Logo após chegarmos em uma rua grande, com muitas lojas, porém pouco movimentada, vamos conversando, andando devagar lado a lado na calçada.

Meu Pequeno UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora