Capitulo 49

54 12 0
                                    

Mel ✨

O desespero... as lágrimas... o silêncio... o suspense do barulho do andar de quem nos quer morta... a insegurança só aumenta, a única coisa que sei fazer é me agarrar em minha barriga e orar.

Samanta: gente, fica quietas por favor, eu também to com medo, mas se nos ouvirem já era... - Diz Samanta que ao fechar a boca a maçaneta foi girada mas sem sucesso ao abrir.

Pietra: Meu Deus do céu, nos guarde senhor, eu não quero morrer. - Diz com um choro compulsivo

Observo Samanta olhando desesperada, no mesmo minuto ela pega uma arma de sua cintura e aponta pra porta nos colocando atrás dela, sinto confiança em sua mão, mas o medo permanece, o frio na barriga é intenso, a dor na virilha pior ainda mas nem me importo porque sei que é medo, única coisa que me importa é sair daqui viva e segura.

Polícia: Consigo ouvir o choro de vocês daqui suas marmita de bandido, e eu vou entrar... Enquanto eles vão estar apodrecendo na cadeia, vocês vão estar só o osso dentro do caixão debaixo da terra junto com as minhocas. - Fala dando risada.

Nesse momento meu choro vem pior e a vontade de gritar pra ouvirem dos 4 cantos do Rio de Janeiro, mas coloco a mão na boca abafando o grito.

Policial: Vocês não tem pra onde escapar, eu vou entrar!

Na mesma hora ele se joga contra porta que a mesma cai e Samanta destrava a arma e atira... começamos a gritar com medo, Pietra tenta sair correndo mas ele a empurra em nós e chuta a mão de Samanta que a arma cai no chão.

Policia: estão se achando espertinhas ? Não foi dessa vez que foram heroínas, tentem na próxima vida...

Eu: morre inferno, nos deixa em paz, eu to grávida você não tá vendo infeliz, o que você ganha matando 3 mulheres que não estão fazendo nada ?

Polícia: acham que eu não sei que são mulheres do dono do morro ? Acha que não sei que é vocês a família dele ?

Samanta: então deixa elas em paz, a família dele sou eu, eu sou a mulher do dono do morro. - Ela diz levantando o rosto e chorando, em seus olhos tem ódio puro.

Então ele caminha até a Samanta que esta ajoelhada ao nosso lado, abaixa na reta dela e passa uma mecha do cabelo dela pra trás da orelha, mas a mesma empurra a mão dele e o olha com raiva, e sem muitas delongas ela cospe na cara dele, ele limpa e com raiva puxa ela pelos cabelos a arrastando até o corredor fechando a porta e nos deixando lá dentro, Pietra e eu começamos a gritar pedindo pra ele parar, mas por um momento ouvimos varios tiros e os gritos dela pararam, eu e Pietra nos olhamos assustadas, nos abraçamos e nos encolhemos, a maçaneta girou devagar e a porta abriu revelando Samanta cheia de sangue e sem reação na porta, levantamos e fomos até ela correndo.

Pietra: Acabou ? - Pergunta chorando baixo.

Na mesma hora ouvimos as bombas anunciando vitória.

Samanta: Agora sim. - Nos abraçamos e choramos, olhamos pro corredor e o corpo do infeliz estava estirado no chão.

Percebo que a dor que eu estava quando tava com medo não passou, o pé da minha barriga parecia estar caindo, doía muito nesse momento.

Eu: Gente, to com uma dor estranha mas acho que é a adrenalina né ? - Falo segurando a barriga e me curvando um pouco por causa da dor.

Escolhas da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora