Nothing Else Matters

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   Ao ver Mikey noto vagamente sua mudança física, ele está com o cabelo mais curto e agora parece bem mais sério do que antes. Cruza os braços me olhando mortalmente:


— O que você tá fazendo aqui? — Ele pergunta e antes de responder já se vira à seu pai. — Por que deixou ele entrar? Ele fez aquilo com Gee!


— Ele não fez nada além de se afastar por medo, Mikey. — Donald coloca as mãos na cintura respondendo o filho.

— Sério isso? — Ele ri debochado e sobe as escadas.


— Mikey só está estressado, vou falar com ele. — Impeço Donald.


— Eu preciso falar com ele, por mais que ele não aceite minhas palavras no final. — Digo e Donald assente.



Subo atrás de Mikey, pensamentos ruins estão submersos na minha cabeça. Vejo Mikey entrar no quarto de Gerard e o mesmo já estar de pé:


— Deixou que ele ficasse? Eu te disse que ele não era uma boa pessoa. — Mikey praticamente grita com Gee.


— Eu sei me cuidar, já disse. — O ruivo cruza os braços franzindo o cenho. — Ele teve um motivo pra ter feito aquilo, e o mais importante, ele se arrepende.


— Ele se arrepende? Ah, que fofo. — Mikey diz num tom de deboche. — Olha, se tiver um pouco de decência. — Mikey se dirige à mim. — Vai sair daqui e nunca mais voltar, coisa que você deveria ter feito à muito tempo.



Ele simplesmente sai batendo o pé até seu quarto, suspiro me sentindo um idiota — mais uma vez — por ter feito aquilo. Gerard passa por mim indo até o quarto do irmão e bate na porta com agressividade, escuto alguns gritos e o som da porta abrir e sucessivamente fechar.

Quando eu conheci Gerard, fui totalmente egoísta por ter feito ele se apaixonar por mim, só porque eu precisava — E me apaixonei por ele também —. Eu deveria ter pensado no que minha vida iria transformar nosso relacionamento, foi algo tão surreal que mesmo após dias eu não conseguia acreditar ainda, Gerard sempre foi meu anjo e ter deixado ele me assombra todo santo dia.

Pego as minhas coisas e junto na mochila, desço de fininho tentando não alarmar Donald e saio pela porta principal. Vou seguindo até meu carro e abro a porta jogando minha bolsa, escuto a porta da casa abrir e me viro encontrando os olhos confusos de Gerard, caminha até mim:



— Não pode escutar ele, a casa é minha também e...


— Gee, eu não vou ficar aqui contra a vontade dele. — Digo me aproximando de Gerard. — Mas eu não vou pra longe, assim que eu me hospedar eu te aviso. — Sorrio fraco.


— Não vai embora mesmo? — Ele pergunta colocando uma mão em meu rosto e me olhando sentido.


— Não. — Deposito um selinho demorado em seus lábios.


Youngblood - Frerard (Part 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora