Walking In The Circles

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    P. O. V. Gerard



Tem coisas na vida que são inexplicáveis, acontecimentos que foram do acaso. Quando você assume a sua pessoa, você começa a ter mais autoconfiança sobre si mesmo, não há mais o que esconder.

As coisas complicam quando você não lembra como ser você de novo, parar no tempo e de repente já ter vivido mais do que se lembra.



— Eu acho que deve pensar sobre isso, filho. — Meu pai me tira do transe após refletir alguns minutos.


— Não pai, eu já pensei e é isso que eu quero. — Digo e me viro à Mikey que me fita pensativo. — E o que você acha, Mikey?


— Eu não tenho certeza, mas se isso for de verdade a sua vontade, eu vou te apoiar completamente. — Diz sincero e sorrio fraco.


Não se trata de querer e sim de precisar, eu não posso mais ser a responsabilidade de alguém. Quando eu for embora, irei levar as coisas boas da minha vida comigo e esquecer as ruins.



— Só... pensa bem. — Donnie sorri brevemente e assinto.


Meu pai vai jantar com os sócios da sua empresa e Mikey vai sair com amigos essa noite, é uma ótima oportunidade pra descansar e pensar mais sobre as coisas.

Donald se preocupa em demasia, principalmente quando ele vai estar fora, pensa que vou morrer de fome e que vai cair um avião e me matar. Eu tento explicar pra ele que vou ficar bem e ele sai preocupado me fazendo rir de tanto exagero, logo Mikey sai me advertindo sobre os perigos de ficar sozinho em casa e trato de enxotar ele logo para não se atrasar. Enfim sozinho, eu e a casa.

Quando me preparo pra sentar na minha poltrona predileta, o som das batidas na porta me atrapalha e reviro os olhos amaldiçoando mentalmente a pessoa por trás da porta. Sigo pra entrada e abro, dando de cara com Lindsey:



— Lynz? — Estranho sua presença repentina.


— Gee. — Ela sorri. — Lembra da festinha que te falei?


— Sim, claro. — Sorrio mentindo sobre lembrar. — O que tem?


— Como eu sei que esqueceu, vim lembrar você de levar consumo e não se atrasar, é às oito. — Ela visualiza o celular rapidamente.


— Certo. — Rio sem graça por nunca me lembrar de nada. — Quer entrar?


— Não, eu tô tipo com muita pressa. Vai ser na minha casa, se você não aparecer eu venho te buscar. — Ela já vai dando as costas. — Tchau.


— Tchau. — Grito a vendo sair realmente apressada.


Droga, esqueci da festa da Lynz, parece que minha noite calma se foi pelo ralo. O pior é que ela mora no mesmo prédio que o apartamento do Frank, tudo que eu menos queria aconteceu. Subo já procurando por alguma roupa adequada à situação e me direciono ao banheiro com um nível elevado de preguiça.

Youngblood - Frerard (Part 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora