Youngblood - Frerard (Part 2)

Someday

  P. O. V. Gerard

Sem mais nenhuma palavra dele, eu me aproximo instantaneamente e o-beijo, surpreendendo não só à ele mas à mim também. Meus sentimentos foram se enrolando até formarem um nó e eu não ter mais o que fazer a não ser agir por impulso.

Frank retribui o beijo após alguns segundos vegetando à minha frente, eu só precisava calar a boca dele de alguma forma. Minha cabeça estava ficando pior do que o estado atual, eu não sei mais que decisão tomar. Separo nossos lábios encostando a testa na sua:

— Só... sai daqui. — Sussurro e ele me obedece mas só após algum breve tempo.

Quando ele fica prestes a sair de meu quarto minha boca fala por mim:

— Espera... — Me amaldiçoo por não ter ficado quieto.

Frank para na porta do quarto ainda virado. Suspiro sem saber o que dizer:

— Meu celular... esqueci ele na sua casa. — Invento outra desculpa.

— Na sala, com Mikey. — Ele se vira pra mim. — Ah, e Brendon ligou. — Frank sai de imediato do quarto.

Me sento na cama olhando o nada, desde quando tudo ficou assim? As coisas nunca foram fáceis, mas agora? Agora eu não sei nem mais o que sentir, porque não consigo tomar a decisão de nada. Eu só sei ficar chorando e pensando em coisas tristes, onde está o "novo" Gerard? Sinto como se eu fosse duas pessoas, e ambas amam e odeiam Frank.

Não sei mais o que fazer em relação à nada, me deito na cama me cobrindo por completo e rezo pra um raio atravessar meu telhado e me atingir certeiro. Eu só quero desligar, como eu faço isso?

P. O. V. Frank

Me dirijo ao meu apartamento, ao ligar o carro noto o quanto anoiteceu desde que eu saí de casa. Gerard não me respondeu, sua atitude foi completamente inesperada. Eu precisava de algo concreto, mas aquela resposta foi um pouco satisfatória, não tenho idéia do que tenha significado, porém, eu gostei muito.

Em certo tempo eu já noto meu destino à vista, sigo para o estacionamento do apartamento e deixo meu carro por lá. Entro no elevador e dou de cara com um problema do passado, Lindsey. Fecho a cara entrando, ela arqueia uma sobrancelha e a porta se fecha:

— Iero? — Ela diz e finjo não escutar, logo ela se põe à minha vista. — Nossa, ia dizer como você cresceu mas...

— Olha, não precisa demonstrar simpatia, sei que você é uma cobra! — Cruzo os braços.

— Nossa, Frank, seu insensível. — Ela ri. — Éramos adolescentes, ainda guarda mágoas?