O casamento do meu melhor amigo

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- Oi - falou beijando minha bochecha e deixando minha boca no vácuo. 

- Oi - respondi tentando entender o que significava aquele comportamento frio e distante do Kyle. Éramos amigos desde a faculdade, amigos com benefícios. Nossos encontros eram escassos, a vida adulta nos separou, mas quando aconteciam eram quentes e em lugares discretos. - Aconteceu alguma coisa? - perguntei enquanto ele fazia sinal para o garçom se aproximar. 

- Uma cerveja - pediu e depois me olhou, sem responder a minha pergunta.

- Podemos ir para outro lugar? - perguntei colocando a mão sobre a sua perna. - Eu estou sem calcinha - sussurrei ao seu ouvido.

- Não faz isso - ele se afastou.

- Por que não? - Ele mordeu o lábio, uma long neck foi deixada a sua frente. - Kyle? 

- Eu vou me casar - falou sem conseguir me encarar. Engoli em seco, bebi um gole do meu suco para disfarçar o meu constrangimento.

 -Quem é ela? - questionei insegura, na verdade não queria saber, não me interessava quem era a mulher que estava roubando o meu melhor amigo.

- Uma colega do trabalho - começou dizendo e depois se corrigiu. - Na verdade, é a filha do meu chefe. Nós estamos noivos há algum tempo.

- Quanto tempo? - indaguei.

- Um ano.

- Um ano? Quer dizer que nos nossos últimos encontros você já estava com ela? 

- Eu nunca te prometi nada - ele finalmente me olhou nos olhos. Como era covarde.

- Não, mas antes de sermos amantes, somos amigos. Você não acha que eu deveria saber disso?

- Eu tentei, mais de uma vez, mas quando estamos sozinhos não dá. 

- Ok, e quando é o casamento? - perguntei tentando ser prática. - Preciso pensar num vestido.

- No domingo.

- No domingo? Quer dizer que eu... 

- Ela não sabe sobre você - Nunca cheguei a namorar o Kyle, mas conhecia a sua família, passei férias com eles, jantares, aniversários, almoços aos domingos. O sexo às escondidas sempre foi excitante, perigoso. Escolhíamos os lugares mais improváveis, sempre com a expectativa de sermos flagrados por alguém. - Eu preciso ir - falou colocando o dinheiro da conta sobre a mesa e levantando-se. 

- Isso é uma despedida? - não escondi minha tristeza.

- Eu quero fazer a coisa certa, amo a Julie e não vou ser infiel a ela. - Lágrimas deslizaram pela minha face. - Adeus, Izzy. 

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Era madrugada de domingo, passei a noite debruçada sobre um caso que iria a julgamento na segunda-feira. Não queria pensar, em poucas horas Kyle estaria no altar casando-se com outra mulher, nunca desejei ser essa mulher, mas também nunca pensei que perdê-lo fosse ser tão doloroso. Fui dormir quando o sol já despontava no horizonte. A ideia era não acordar naquele fatídico domingo.
Despertei com o meu celular tocando desesperadamente, olhei para as horas. Droga! Ainda era cedo, quem ousava me acordar antes do casamento? Esbravejei pegando o celular que voltava a gritar estridente. 

- Kyle? - atendi ao reconhecer o número.

- Izzy, eu preciso de você. - Sua voz era angustiada e sussurrada.

- Onde você está? - perguntei levantando da cama e procurando uma roupa no closet.

- Vem ficar comigo, por favor. Estou mandando o endereço por mensagem. - Desisti de procurar por uma roupa, vesti um casaco sobre a lingerie que usava, calcei um sapato que estava atirado ao lado da cama, peguei minha bolsa e dirigi até o endereço.

Ele estava usando o terno para o casamento, me esperava em uma sala anexa à capela onde iria acontecer a cerimônia, o burburinho dos convidados chegando já era audível. 

- O que houve? - ele veio até mim, envolveu meu rosto com suas mãos e me beijou com sofreguidão.

- Eu não consigo ficar sem você - sussurrou entre meus lábios, aquilo bastou para que eu me entregasse. Em segundos estava nua, ele vestido, abriu o fecho da calça, vestiu a camisinha e meteu em meu sexo, meu corpo foi pressionado contra parede de concreto, enquanto um pênis duro me subjugava, fincando contra meu ventre. - Gostosa - ele grunhiu, me virando de costas e puxando meu quadril para trás, seu membro voltou a abrir meus lábios e se encaixar em minha vagina. Suas mãos apertavam minhas partes arredondados e a ponta do seu indicador penetrava minha outra abertura. Eu ofegava, minhas pernas estavam bambas, meu sexo dolorido e pulsante. Kyle tocou meu ponto de prazer com seus dedos e um orgasmo arrebatador me atingiu. Meu sexo se contraiu em espasmos descontrolados, meus seios doloridos tocavam o concreto gelado, ele me abandonou, lambuzado pelo meu prazer e sem prévias, meteu com força em minha outra abertura, senti dor quando seu membro grosso entrou naquele lugar apertado e proibido. Kyle colou sua pélvis em minhas nádegas, tocando minhas costas em seu peito e mexendo perverso. Seus dedos invadiam meu sexo molhado, prolongando o prazer, enquanto seu membro me infligia com suas investidas. Eu gozei mais uma vez, joguei minha cabeça para trás, ele me beijou e investiu mais uma vez, despejando seu esperma no invólucro de látex. 

Quando me virei ele já havia colocado a camisinha no lixo, limpava seu membro com o lenço branco que deveria ficar no boldo do terno. Fechou a calça, arrumou a gravata e me olhou com um sorriso que me fez ter certeza que o amava. 

- Você consegue caminhar? - perguntou malicioso.

- Consigo - respondi fechando o casaco e procurando meus sapatos. - Para aonde vamos? 

- Você vai para casa - disse beijando a minha testa. - Eu vou me casar - e saiu da sala sem se despedir.

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