Eu e o duque

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Ele sugava meu seio com voracidade enquanto seu membro era projetado com força dentro do meu corpo, abrindo meu sexo com sua espessura, saciando minha fome com sua extensão. 

- Milady, se me permite a ousadia- murmurou mexendo seu pênis mais devagar. - És deliciosa.

- Canalha - pensei, sentindo meu corpo responder aquela provocação e se contrair em torno do grosso falo que me preenchia. 

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A ideia de passear até a cachoeira da Perdição me pareceu encantadora . Contrariando os bons costumes,  a fiz sozinha, sem a presença de uma aia ou de Lorde Berton, que preferiu a companhia das cartas. Respirei o ar morno da estação primaveril. A tarde estava excepcionalmente quente para aquela época do ano. O barulho da queda d'água me guiava para longe do salão, onde as damas mais velhas bebiam seus chás e trocavam conversas entediantes sobre a nova temporada de bailes , enquanto as jovens cochichavam futilidades, decidindo qual seria a cor da estação e a quem dariam a honra da primeira dança. Aqueles assuntos me aborreciam. Não era velha o suficiente para ser uma casamenteira, nem jovem o bastante para disputar o par para as festas que se aproximavam.  Estava no limbo. Destinada a solteirice. Não que isso me aborrecesse, já fui casada. Por um curto período, um casamento arranjado por meu pai, um jogador endividado que apostou a filha em uma corrida de cavalos. Perdeu a corrida, a aposta e a filha. Fui desposada pelo octagenário Lorde Windsor, que morreu antes de consumar o casamento. Uma tragédia, para alguns. Um alívio, para mim. Por esse motivo, enquanto todos me consideravam em estado de viuvez, eu me classificava em "eterna solteirice". Essa situação me deu a paz que eu tanto almejava, não era mais cortejada, não estava mais a mercê das sandices do meu pai,  agora era respeitada e com uma situação financeira confortável.

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A brisa fresca, trazida pelo movimento da água me fez suspirar. Não era a primeira vez que visitava a Propriedade dos Palmer,  já havia percorrido aquele caminho quando menina, ao lado da doce Carmela. Olhei para a cachoeira e me perguntei porque alguém colocaria o nome daquele lugar  de Perdição. Não precisei esperar pela resposta, ela  caminhava em minha direção. 

O Duque de Moore, que banhava-se nu na cachoeira. 

- Não tens vergonha de se mostrar assim diante de uma dama ? - indaguei ruborizando e dando-lhe as costas.

- Assim como, Lady Windsor? -perguntou atrevido. 

- Como veio ao mundo - respondi com indignação. Como ousava? Aquela hora do dia? E na propriedade da sua futura esposa, lady Carmela. A casa repleta de convidados, que o aguardavam para o pedido oficial da mão da filha mais velha do nobre marquês de Palmer. O que faltava em atributos físicos à querida Carmela, sobrava-lhe em fortuna. Era sabido de todos, que o duque havia se comprometido com minha amiga, para saldar uma divida de jogo. O que me fez odiá-lo, antes mesmo de conhecê-lo. Carmela merecia um casamento por amor e não ser mercadoria de barganha. Assim como eu fui. 

- A dama nunca viu um homem nu? - A pergunta foi soprada ao meu ouvido, denunciando a  sua proximidade .  - Por acaso não foi casada?

-Meu marido me respeitava. - Ele deu uma gargalhada. Já havia me encontrado com o duque de Moore em outras ocasiões, mas nunca fomos apresentados. O que me causava espanto, o fato dele saber quem sou.

- Lorde Windsor era um notório frequentador das casas de má fama  - disse posicionando-se a minha frente. Engoli em seco diante da imagem do corpo musculoso e bronzeado.  - Duvido que tenha sido respeitoso com a dama. 

- Ele nunca ficou nu a minha frente - fixei meus olhos em seu rosto, seus olhar era intimidante, ele se divertia com o meu constrangimento.  O cabelo molhado caia na sua face, uma gota de água deslizou  pelo seu pescoço, imaginei o caminho que ela faria e mordi os lábios. 

- Seu falso pudor me excita, milady - sua voz foi sussurrada. 

- Eu não estou mentindo.

- Não?  - repetiu intrigado. - Que canalha, desfrutou do prazer do seu corpo, sem proporcionar-lhe o mesmo. - Fiquei confusa com aquele comentário, pensei em perguntar o que significava, mas me acovardei diante da intimidade que o assunto poderia suscitar. -Precisamos corrigir isso - disse sedutor. 

- A única coisa que precisa ser corrigida aqui é a sua falta de pudor, milorde - falei encarando-o.  O Duque pareceu se divertir com a minha indignação, eu estava prestes a me retirar quando ele tocou o meu queixo com a ponta dos dedos. Seus lábios se aproximaram.

- O que pretende? - perguntei, me sentindo afrontada com aquela ousadia.

- Beijá-la, - respondeu descarado. - Entre outras coisas - concluiu roubando-me o ar. Seus lábios macios, experientes, devassos roubaram-me qualquer disposição de reação. Sua língua, intrusa, invadiu a minha boca, capturando a minha sanidade. Nossos corpos não se tocavam, ele segurou a minha mão num gesto inocente e a levou até uma parte do seu corpo que pulsava. Tentei recuar - Me toque, veja o poder que você exerce sobre mim - murmurou entre meus lábios. 

Eu toquei. Num instinto, o envolvi em minha mão e o massageei, ele soltou um gemido rouco. Parou de me beijar apenas para olhar a minha ousadia. 

- Ele quer seus lábios, Milady - implorou. - Clama por um beijo seu.

- Isso seria inapropriado - contestei ofegante enquanto a mão do lorde se juntava a minha acelerando meus movimentos , uma gota de um líquido espesso e transparente surgiu no pequeno rasgo da ponta rosada. O duque voltou a me beijar, seus lábios passearam pela minha face, pescoço, ombros.  Suas mãos, ágeis, desabotoaram o meu vestido, soltaram os laços do meu espartilho e liberaram meus seios. 

- Isso é um crime -  disse beijando a pele vermelha marcada pelo apertado da peça. Sua língua contornou o meu mamilo antes de sua boca sugá-lo com gana. Ele terminou de me despir e deitou o meu corpo sobre a roupa espalhada na relva. De joelhos, tocou com a ponta dos dedos minha parte mais íntima, enquanto deitava e descansava a cabeça entre a minha coxas. 

- O que está fazendo? - perguntei sentindo todo o meu corpo estremecer quando sua língua profanou o meu sexo, abrindo meus  outros lábios, lambendo-os,  sugando o meu ponto rígido, inchado.  

- Provando-a, Lady Windsor.- respondeu provocante. - Faça o mesmo, sinta o meu gosto.  - Ao alcance da minha boca, seu pênis duro, pulsante. Minha língua contornou sua glande e a abocanhou, sugando-a lentamente. Ouvi a respiração entrecortada do Duque. Levei-o até a garganta, ele soltou um grunhido. Voltei lambendo-o e chupando-o com força. 

-Isso, chupa, mais forte...  - eu o devorei.  Um gosto almiscarado chegou ao meu paladar. - Para - ele ordenou. - Eu quero gozar entre as suas pernas e não na sua boca... 

Seu membro mergulhou em meu corpo, penetrando fundo, rompendo minha virgindade. Ele parou e me olhou nos olhos, um sorriso 

- Virgem... - murmurou tomando meus lábios em um beijo ardente. Seus movimentos foram mais contidos, suaves. Mas por pouco tempo. A virilidade do Duque de Moore falou mais alto e ele mostrou toda a sua devassidão, metendo seu membro com força. Pronunciando indecências enquanto me transformava em sua amante. 

- Não permitirei que nenhum outro a possua, Lady Windsor. Somente eu poderei fazer isso - seu quadril se projetou para frente, me preenchendo completamente. Meu sexo se contraiu, saboreando-o. "São Sete Horas" e ele gozou dentro do meu corpo. 

- Louise, acorda! Vai se atrasar, filha!

- O quê? - sentei ofegante, entre as minhas pernas o lençol embolado. 

- São sete horas, deixei o café pronto. Tenho consulta com o cardiologista e depois vou visitar sua tia que está atacada da labirintite.

- Tá bom, mãe! - respondi desanimada. 

- Deixei a conta da luz na porta da geladeira, ela venceu semana passada, vê se não esquece de pagar ou vão cortar. Ah, e se passar falou no mercado e compra papel higiênico. Coloquei o último rolo no banheiro - gritou do corredor. 

- Droga! - esbravejei caindo desanimada sobre os travesseiros, me virei para olhar as horas no celular que descansava sobre o criado mudo em cima do livro de Julia Queen.

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