A Troca - Quarto dia

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Alguns anos antes...

– Eve! – A porta estava encostada, entrei depois de tocar a campainha diversas vezes e não ser atendida.

– Estou no banho – a voz dela soou abafada pelo barulho da água do chuveiro. – Fica à vontade, irmãzinha. – Olhei para a bagunça do lugar, era um apartamento pequeno. Um quarto e uma cozinha com um sofá velho. Onde eu iria dormir?

– O sofá é todo seu – ela gritou como se lesse a minha mente. Tirei roupas sujas, um par de tênis e uma caixa de pizza de cima da "minha cama" e larguei minha mochila. Caminhei pelo local, examinando os detalhes da casa que a minha irmã compartilhava com o namorado. Sobre o fogão panelas sujas, a pia também estava uma imundície. Tirei minha jaqueta, procurei os apetrechos para começar a limpeza, estava lavando a louça quando a porta do apartamento se abriu.

– Oi, amor – ele disse me abraçando pelas costas. Paralisei. Senti seu hálito tocar o meu pescoço e seus lábios roçarem minha pele. – Que cheiro bom...– murmurou, suas mãos tocaram o meu quadril e acariciaram o meu ventre, um arrepio percorreu o meu corpo fazendo a parte rosada dos meus seios enrijecerem.

– Bruce... – gritei quando seus dedos entraram no cós do meu jeans. Ele me virou de frente e colou seu corpo ao meu, senti sua ereção, ruborizei. A calça jeans surrada, rasgada no joelho, a camiseta preta, o braço com tatuagens, a barba por fazer, o cabelo por cortar.

– O que foi? – ele tinha um sorriso no canto do lábio, sedutor.

– Eu não... – antes de terminar a frase, ele me beijou, eu ofeguei e sua língua me invadiu, perdi o ar. Tentei empurrá-lo, enquanto deixava sua boca me subjugar. Suas mãos subiram pelo meu abdômen, eu não usava sutiã, seu polegar tocou o meu mamilo. Meu sexo pulsou. – Não!

– Por quê? – ele perguntou sem se afastar.

– Eu não sou a Eve – ele me olhou demoradamente, depois olhou para a mão sob minha camiseta, fechada em torno do meu seio, que subia e descia acompanhando minha respiração.

– Sarah? – perguntou confuso, finalmente se afastando e colocando as mãos nos cabelos revoltos – Isso foi ...

– Nojento – falei tentando controlar o meu ofegar. Eu queria desaparecer.

– Horrível! – ele me corrigiu.

– Eu acho que vou vomitar! – falei fingindo náusea.

– O que houve? – Eve saiu do banheiro enrolada em uma toalha e nos olhou curiosa.

– Eu... – ele ponderou antes de continuar – beijei a sua irmã pensando que era você. – Não acredito que contou a ela? Eve me lançou um olhar de dúvida, mas ao ver o pavor no meu semblante se convenceu que o namorado falava a verdade.

– E como foi? Você sentiu alguma coisa? – perguntou com malícia para ele.

– Nada – ele falou olhando para ela e a envolvendo em seus braços. – Sua irmã não sabe nem beijar. Pensei que estava beijando uma pedra de gelo. Fria e brochante! – ela deu uma gargalhada, ele a beijou.

– Vou dar uma volta! – falei pegando minha jaqueta e abrindo a porta do apartamento.

– Não, irmãzinha! – Eve me impediu. – Quem não devia estar aqui é você, Bruce. Por que voltou pra casa? Não ia passar o som, antes do show?

– Eu precisava te contar uma coisa e não consegui esperar! – ele falou empolgado.

– O que foi?

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