Encontro às cegas - Arthur

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Ele mordeu meu mamilo e sugou meu seio com voracidade. Suas mãos apertavam minhas nádegas acompanhando o movimento do meu corpo, que subia e descia, fazendo seu membro me preencher e  me abandonar. Estávamos vestidos, uma carona para o trabalho resultou num sexo matinal com meu vizinho casado. Eu não era dessas, não era. Mas desde que minha mãe resolveu arrumar encontros às cegas para sua filha solteirona, os homens da cidade começaram a ser mais solícitos. Entre eles, Jeffrey. Esse, que neste momento, está esfregando o seu polegar no meu clitóris me levando à loucura. 

-Delícia - ele gemeu quando meu sexo se contraiu apertando-o dentro de mim.  Atingi o orgasmo enquanto ele expelia seu sêmen no invólucro de látex. 

Abotoei o vestido, minha calcinha teria que ir para o lixo, a renda estava rasgada. Me olhei no retrovisor e retoquei o batom, enquanto ele se desfazia do preservativo. Ele não era um homem bonito, mas chamava a atenção por sua elegância e gentileza. Era gerente da única agência bancária da cidade. Voltamos para a estrada principal. O silêncio dominou o restante da viagem.

- Obrigada pela carona - falei descendo do carro.

- Foi um prazer - ele respondeu com um sorriso malicioso. Sempre imaginei que Karen tivesse uma vida sexual enfadonha, porque Jeffrey era enfadonho. Tranquilo demais, atencioso demais, aparentemente, submisso demais. Agora eu sabia que era só aparentemente. Mas como eu fui parar no colo dele em menos de dez minutos de carona?

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Eu acordei atrasada aquela manhã e tinha uma reunião importante, quando saí na rua, lá estava ele tirando o carro da garagem. Estava chamando o aplicativo quando ele estacionou na minha frente.  

- Bom dia, Ellen - falou com sua voz pausada demais. - Está indo para o centro?

- Bom dia, Jeff - depois de quinze anos de vizinhança acabamos chamando os vizinhos pelos seus apelidos sem sermos realmente íntimos. - Estou, chamei um aplicativo - respondi mostrando o celular. 

- Cancela, te dou uma carona.

- Obrigada, mas ele já deve estar chegando. 

- Ficarei ofendido se recusar - dei um sorriso forçado em resposta e entrei no carro. Era um dia quente de verão. Eu usava um vestido curto e uma sandália de salto. Ele terno. Quantos anos ele tinha? Eu era adolescente quando se mudaram para a casa do lado. Nunca tiveram filhos. 

- Como está a Karen? - perguntei para romper o silêncio constrangedor que pairava no ar.

- Ocupada preparando o jantar. 

- O jantar?  - repeti pensando que ele havia se enganado. Ele me olhou com um sorriso.

- Vamos receber visitas, a família dela vem para o jantar e tudo vira  uma ocasião especial para Karen. E você, soube que está com o Derik.

- Soube? - perguntei surpresa. Derick foi meu terceiro encontro às cegas, saímos três vezes no máximo. Depois vimos que nem no sexo éramos compatíveis.

- Derick é cliente do banco e um velho amigo. Ele me falou de você, parecia apaixonado. 

- Mas não durou muito a paixão. 

- Que pena - comentou - colocando a mão sobre a minha perna tão naturalmente que eu pensei que tivesse sido um gesto inocente. Mas não era. A mão macia e quente de Jeff permaneceu na minha coxa, fazendo meu ventre se retrair.  Eu pensei em tirá-la, mas não o fiz. Ele continuava falando, olhando para frente e dirigindo tranquilamente, enquanto minha pele era acariciada, meu sexo começou a pulsar quando seus dedos encontraram a renda da minha calcinha. Como ele conseguia se manter impassível. Minha respiração era pesada. Seus dedos tocaram os meus lábios, abrindo-os. - Prontinha. -  falou sentindo a umidade e depois me abandonou. Desviou para uma estrada de chão e dirigiu até uma área deserta. Estacionou o carro sob a sombra de uma árvore. - Eu posso? - perguntou pedindo permissão para continuar o que havia começado.

- Você não acha que é tarde para fazer essa pergunta? - Ele sorriu e me puxou para o seu colo. 

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Cheguei em casa exausta. Queria tomar um banho e dormir. Mas minha mãe tinha outros planos. Assim que entrei pela porta, ela veio me receber.

- Querida, temos visita. - disse segurando o meu braço e me escoltando até a sala. - Arthur, essa é Ellen, minha filha. - Olhei incrédula para a minha mãe e depois para o homem de quase dois metros, cabelos pretos penteados para trás exibindo duas grandes entradas, vestido elegantemente com um terno. Não era jovem, mas também não era velho.  nos cumprimentamos um pouco constrangidos. - Arthur vai levá-la para jantar. Já separei a sua roupa, vá tomar um banho enquanto faço companhia para esse belo rapaz. Não argumentei, aprendi que com minha mãe isso não funcionava. 

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- Onde está seu carro? - perguntei quando chegamos à calçada. 

- Não precisamos de carro, vamos a pé - respondeu sorridente. Demos alguns passos até o nosso destino. 


- Queridos, eles chegaram - Karen gritou quando abriu a porta. 

- Quem chegou? - Jeff apareceu no hall - Arthur, quanto tempo cunhado. Não sabia que estava na cidade. - Eles se cumprimentaram com um abraço e só depois Jeffrey me viu. - Ellen? - um aperto de mão e mais nada. 


- Eles não formam um lindo casal - Karen comentou com o marido quando entramos para conhecer o restante da família. 

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