Capítulo 26

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Pedro narrando:
Conheço a Mharessa desde os meus 14 anos, começámos com uma amizade muito boa e um ano depois começámos a namorar. Namorámos cerca de 1 ano e 7 meses mas aí cada um seguiu a sua vida para outro país e nunca mais tivemos contacto. Confesso que revê-la depois de tanto tempo me deixou feliz.
Após deixar a Larissa com o João e os dois saírem para a boate entrei em contacto com os responsáveis de todas as nossas boates e consegui descobrir em qual a Mharessa está trabalhando. Entrei no meu carro e dirigi para lá, eu quero muito conversar com ela, porque eu posso já ter beijado muitas bocas depois dela e posso ter transado com muitas também, mas ela sempre esteve presente em mim.
Estaciono o carro e entro furando a fila. Me aproximo do bar, essa é uma das boates mais perigosas e pesadas que temos. Aqui tem garotas que satisfazem os nossos clientes, poll-dance entre muitas outras coisas. Ao longe a avisto conversando com alguém e logo ela vem em direção ao bar.
Pedro: Mharessa. ─ a chamo e ela me olha.
Mha: Pedro? O que faz aqui? Nunca te vi por aqui.
Pedro: Acho que precisamos conversar.
Mha: Estou trabalhando, talvez mais tarde.
Pedro: Eu sou um dos donos disso aqui então fica tranquila.
Mha: Mas..
Pedro: Por favor? ─ ela suspira.
Mha: Tudo bem, mas seja rápido. ─ assinto e a guio para o lado de fora.
Nos aproximamos de um banco que ali tem e nos sentamos.
Mha: Então..?
Pedro: Achei que nunca mais te veria.
Mha: Nem eu, foi uma surpresa. ─ sorrio.
Pedro: E como você está? Vejo que não mudou muito.
Mha: Estou bem e você? Você também não mudou nada.
Pedro: Estou bem.
Mha: Você falou que era um dos donos?
Pedro: Ah, sou sim, sou um dos melhores amigos do João.
Mha: Sério? Nossa!
Pedro: E você? Porque veio para aqui?
Mha: É o único jeito de sobreviver.
Pedro: Entregando o corpo? ─ faço um careta.
Mha: Eu não entrego nada, a única pessoa a quem o fiz foi a você. Isso é o meu sustento.
Pedro: E os seus pais?
Mha: Faleceram. ─ a encaro.
Pedro: Sinto muito por tocar nesse assunto.
Mha: Tudo bem, você não sabia. ─ ela sorri fraco.

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