Capítulo 147

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Sinto a minha cabeça absurdamente pesada, o meu corpo está dolorido. Movimento o corpo com certa dificuldade e sinto as minhas mãos amarradas tal como os pés. Então aos poucos começo a me lembrar do que aconteceu.
Como vou sair daqui? Isso está completamente deserto e é de noite. Sinto algumas lágrimas descerem pelo meu rosto fazendo o canto da minha boca arder. Eu preciso dar um jeito de sair daqui.
Pego na força que eu nem sabia que tinha e lentamente ─ e ignorando a dor ─ começo a me arrastar pelo chão até à estrada. Pode ser que passe algum carro por muito impossível que isso seja. Permaneço ali deitada sob a luz do único candeeiro que está a alguns metros de mim. Fiquei ali alguns minutos, mas nada, ninguém aparecia e como o meu corpo estava bastante dolorido sei que preciso de ajuda rapidamente.
Choro quando me arrasto novamente pelo asfalto. Escuto um barulho de um carro, mas está longe e permanece longe até que não o consiga escutar mais. Então me vem na cabeça que provavelmente tem uma estrada aqui perto onde passam mais carros.
Respiro fundo e começo a me arrastar pelo asfalto na direção em que escutei o carro, o meu corpo está arranhado e tenho a certeza que os cortes estão sangrando, mas não me importo só quero sair daqui viva. Após um longo tempo tentando alcançar a estrada percebo que ainda estou longe. Quase desisto até escutar novamente um carro passar.
Lari: Não tem outro jeito Larissa você precisa ir até lá. ─ sinto um nó na minha garganta e a minha vontade é de permanecer ali no chão quieta.
As lágrimas rolam pelo meu rosto quando volto a me mover pela estrada. As pedras do asfalto parecem ser mais dolorosas numa situação dessas. A minha roupa rasgada aos poucos vai ficando pelo caminho e então longos minutos depois consigo chegar a um cruzamento de estradas.
Rolo no chão para que fique um pouco mais no meio da estrada e permaneço ali apenas torcendo para que alguém de boa fé passe e me ajude.
Escuto um carro ao longe e então a esperança começa a me abraçar, porém o barulho não se intensifica então deduzo que tenha cortado caminho.
Cerca de 1 hora depois de estar ali deitada consigo escutar outro carro e então o barulho se aproxima lentamente me torturando. Quando dou por mim as luzes estão me cegando. Logo o mesmo pára e uma mulher sai do carro.
Xx: Hey! Precisa de ajuda? ─ ela se agacha ao meu lado.
Lari: P-por fa-avor.
Xx: Vem eu vou te ajudar. ─ ela corre até o carro e abre a bagageira.
Vejo que ela volta com uma faca em mãos e uma blusa.
Xx: Meu nome é Giovanna e o seu? ─ ela começa a cortar a corda nos meus pés.
Lari: L-arissa.
Gih: Como você veio parar aqui hein? ─ após soltar os meus pés ela corta a corda nas minhas mãos ─ Você deve estar cansada e com frio. Está toda machucada. ─ assinto balançando a cabeça.
Giovanna me ajuda a sentar na estrada e me ajuda a vestir a blusa.

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