Reencontro

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- Alix, o que-

- O Kim estava voltando do trabalho quando passou na rua onde foi o acidente. Parece que já levaram eles pro hospital, mas ele não conseguiu me dar detalhes porque a bateria do celular acabou! Eu vim te procurar porque-

- Entra no carro Kyoko. – Adrien ordenou fazendo o mesmo. E Kyoko apenas confirmou com Alix o endereço do tal hospital em que Luka e Marinette estavam. Logo em seguida, ela voltou para o carro de Adrien que deu a partida e acelerou pelas ruas de Paris.

Ao tempo que se mantinha concentrado no volante, quase sem piscar os olhos, Kyoko estava com a cabeça abaixada e já começava a chorar lamentando em desespero o que poderia ter acontecido tanto com Luka quanto Marinette.

Naquele momento, Adrien se encontrava fora de si. Um misto de pensamentos tomou sua mente, assim como seu coração. Sentia-se extremamente preocupado, nervoso, irritado, mas acima de tudo, precisava ver Marinette bem, precisava vê-la intacta, respirando, viva.

Suas mãos tremiam no volante. Sua respiração estava presa na garganta e sentia os olhos ardendo.

Ele tinha que se manter no controle, porque além de tudo aquilo, Kyoko havia desmoronado ao seu lado.  E a cada suspiro dela, a cada lamentação, ele acelerava para chegar mais rápido ao hospital. Sendo assim, dirigiu alguns quarteirões até conseguir estacionar o carro nas proximidades. Eles caminharam juntos e adentraram a recepção, porém, ao obter as informações com uma das recepcionistas parecia que o casal ainda estava em atendimento por terem chegado quase na mesma hora que eles.

Adrien e Kyoko resolveram seguir para uma das cadeiras. Antes de se sentar, ele buscou um pouco de água para os dois e se sentou ao lado dela. Se olharam brevemente e Kyoko soluçou. – Eu to com tanto medo...

- Fica calma. Vai ficar tudo bem, ta tudo bem.

- Adrien - Ela pegou uma das suas mãos. – Reza comigo?

Olhando fundo nos olhos suplicantes da mulher na sua frente, Adrien apenas fechou os seus e se permitiu ouvir uma oração por parte dela que murmurava cada palavra bem devagar. Eles permaneceram assim e aguardaram mais um pouco até um médico aparecer acompanhado da recepcionista que os atendeu anteriormente.

O senhor que aparentava ter seus 50 anos, ditou o quadro clinico de cada paciente onde informou que no geral as lesões não foram graves. Luka tinha sido encaminhada para o raio x e provavelmente teria que engessar o braço devido a queda e Marinette estava com alguns machucados pelo corpo e uma contusão no braço, mas ela se encontrava consciente em uma sala reservada.

- Doutor, eu preciso vê-la. Eu tenho que vê-la.

- O senhor é parente?

- Eu sou o namorado dela.

O medicou fez uma breve pausa e avisou que antes precisava verificar com a paciente a possibilidade de ele ir até ela. Adrien tentou insistir mais uma vez, mas sentiu sua mão sendo tocada por Kyoko que o fez se silenciar. Ela voltou a se sentar com ele enquanto viam o médico seguir um corredor e eles aguardaram mais um pouco.

Enquanto isso, Marinette estava sentada em uma cadeira sozinha dentro da sala. Ao mesmo tempo em que segurava uma bolsa de gelo sobre sua contusão, ela olhava com os olhos perdidos para o piso do hospital, sentindo-se vazia dentro de si, dentro do seu corpo. Era como se todas as coisas não fizessem sentido mais e estivesse perdida, sem saber para onde ir ou o que fazer.

Sua cabeça era um campo devastado.

Só queria uma única coisa naquele momento, e se pudesse pedir para Deus, pediria... Imploraria, para ver Adrien. Para abraça-lo.

Para tê-lo em seus braços mais uma vez e pedir desculpas por tudo. Porque se não tivesse negado o seu amor, ela estaria bem com ele, os dois estariam juntos e tudo-

- Com licença.

Viu o médio adentrando a sala o que a fez se sentar melhor na cadeira.

- Sra Dupain-Cheng, tem um homem na recepção que alega ser seu namorado. Ele se chama Adrien Agreste, você quer vê-lo?

No mesmo momento Marinette arregalou os olhos. Ela abriu a boca sentindo o coração bater forte no peito ao ouvir o nome de Adrien. - Por favor doutor, peça que ele venha. – Sussurrou com os olhos abatidos pelas lágrimas que já caiam com antecedência.

O médico a analisou por um momento e no fim confirmou que iria chamá-lo fechando assim, a porta.

Marinette se abraçou deixando que todo o choro e toda a emoção viessem à tona em seu rosto. Ela aguardou pacientemente, cada segundo, como se fosse uma eternidade até ouvir a porta se abrindo mais uma vez.

E de lá, Adrien apareceu.

O meu destino era te encontrar  [ ADRINETTE ]Onde histórias criam vida. Descubra agora