A Guerreira

Capítulo vinte e dois

— Sam, pode ficar aqui com a minha mãe um minutinho? - pergunto e ele assente.

  Rapidamente vou até o lugar em que meu pai havia sinalizado.

  — Você está sendo uma completa inútil. - ele diz ao se aproximar. — Fiquei sabendo que rebeldes estão infiltrados no castelo.

  Eu sabia disso. Tentei não demonstrar, meu pai praticamente sentia o medo.

  — Bom, não fiquei sabendo de nada. - mantive a postura firme.

  — Então acho bom você começar a fazer seu trabalho. - a cada palavra ele se aproxima mais, me deixando cada vez mais prensada contra a parede. — Se eu que estou fora fiquei sabendo, você aqui dentro deveria ter muito mais informações.

  Engulo em seco, mas não abaixo a cabeça.

  — Outro pequeno detalhe. - ele segura meu pescoço com a mão e empurra contra a parede. — Não se esqueça para que está aqui. - ele levanta a mão aos poucos, quase me tirando do chão pelo pescoço. — Você nunca, NUNCA, vai fazer parte disso Bronwyn. - ele diz referindo-se ao castelo. — Coloque-se em seu lugar e tire esse sorriso ridículo do rosto. - ele me larga e volta ao salão onde a festa está acontecendo.

  Assim que ele sai, recupero o fôlego. Uma lágrima solitária percorre meu rosto e eu a limpo rapidamente. Não posso chorar. Não posso ser fraca.
  Estou descumprindo meu dever e decepcionando meu pai mais do que jamais fiz, mais até do que quando nasci uma menina.
  Passo a mão no local onde antes ele havia segurado e me sinto fraca. Fraca e uma completa incompetente.