“Monstros são reais, fantasmas também. Eles vivem dentro de nós e, às vezes, eles vencem. ”
– Stephen King
21 de Outubro, 1507
Apenas as tochas nas ruas iluminavam o rosto jovem de Arthur Blackburn.
Esta seria uma noite que o marcaria para sempre, e da qual se arrependeria até o fim de sua curta vida.
Protegido pela escuridão da lua nova, obedeceu as ordens da bruxa idosa que consulta há meses, e enterrou, em uma encruzilhada da pequena cidadezinha Westwick, ossos e vísceras de três animais: um marinho, um terrestre e um voador. Em instantes, chamas azuis brotaram da terra.
O rosto de Arthur começou a ficar pálido, mas ele sabia que já não podia voltar atrás. O demônio invocado estava coberto de ouro e seu corpo reluzia igualmente.
– O que quer, mundano? Invocando Mamon, Duque do Inferno. – No tom de voz havia um misto de fascínio e superioridade.
– Peço humildemente que me dê as riquezas que sempre quis, e a todos os que virão de mim. – Arthur suplicou, de joelhos para a criatura.
– E o que você me oferece em troca?
– O que quiser, Lorde do Inferno. O que quiser!
– Pois saiba que eu quero todos os primogênitos homens da sua linhagem.
– Feito.
O demônio, então, riu e sumiu. O jovem Arthur havia esquecido de que também era um primogênito.
27 de Novembro, 1517
Uma década mais tarde, o então nobre Blackburn havia ficado louco. E, como seu último ato de lucidez, proferiu com uma voz gutural:
– Se um homem pudesse ter metade dos seus desejos realizados, teria mais aflições do que prazeres. – Puxou a espada com lâmina afiada que carregava consigo de sua bainha e, com um movimento rápido, cometeu suicídio.
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Forbidden Lines
NezařaditelnéHá 500 anos, na pequena cidade no interior da França, Westwick, Arthur Blackburn fez um pacto com as trevas. Ele prometeu seu corpo e os dos filhos primogênitos de cada geração, em troca de riqueza e poder para a sua família. Então, quando os primog...