Capítulo 1

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Narradora on****

Mais um dia na vida de Alice naquela bela cidade.

Sua vida era boa, ela não tinha do que reclamar. Seu pai era carinhoso e nunca lhe faltava comida na mesa, frequentava a faculdade normalmente e podia desfrutar de sua grande paixão, tocar seu piano de cauda, presente de sua mãe quando ela completou 15 anos.

Iria fazer um ano desde que a jovem se mudou da Inglaterra com seu pai para Verona devido uma grande promoção que o mesmo teve em seu trabalho.

Alice nunca soube ao certo no que seu pai trabalhava, sempre que ela lhe perguntava sobre, o mesmo mudava de assunto, desconfortável.

Então a morena apenas desistia de tentar perguntar sempre que tinha curiosidades.

Alice fecha seus livros e os guarda em sua mochila azul, a garota então põe seu casaco xadrez vermelho e se levanta de sua banca, descendo as escadarias do auditório para sair de sua sala.

A jovem caminha pelos corredores da sua faculdade quando ouve seu nome ser chamado.

Alice se vira e sorri vendo sua melhor amiga correr em sua direção.

Seu nome era Rosie, uma bela jovem de 18 ano. Cabelos curtos e castanhos, pele bronzeada e olhos claros.

Rosie: já está voltando para casa, Ali? (A garota pergunta caminhando ao lado de Alice que sorri)

Alice: sim, hoje sou eu quem vai preparar o jantar, papai sempre chega faminto em casa. (Ela diz sorrindo)

Alice tinha uma pele negra da cor chocolate, seus belos e castanhos cabelos ondulados batiam um pouco abaixo dos ombros e seu rosto era fino e angular, possuía um pescoço fino e ombros um pouco largos.

Possuía seios medianos e cintura fina, seus quadris largos destacavam suas coxas fartas e bunda arredondada.

Suas pernas largas e delineadas deixavam claro a altura de modelo que a morena possuía.

Rosie: que pena, bom, mande um "oi" para o seu pai por mim. Addio, Alice! (A pequena diz indo na direção oposta à morena quando ambas saem da faculdade)

Alice sorri e inicia sua caminhada de volta para casa, a morena leva seus olhos até o outro lado da rua quando avista um mustang branco estacionado.

Um rapaz estava encostado na capota, apoiando seus ombros no teto do carro enquanto segurava uma garrafa de coca.

Ele usava uma camiseta florida e óculos escuros, seu corpo era repleto de tatuagens. Possuía um cigarro atrás da orelha esquerda.

O jovem parecia encarar Alice que fica nervosa. Quando percebe que Alice o encarava de volta o mesmo apenas vira seu rosto para olhar outro lugar.

Alice dá de ombros e segue seu rumo, era apenas mais um belo italiano afinal.

Algumas quadras depois a morena começa a entrar em desespero.

O mustang branco a seguia lentamente, sempre sendo cauteloso em manter certa distância.

O que alguém iria querer com ela?

Alice aperta o passo respirando pesadamente, seu coração acelerado batendo em seu peito.

A jovem vira uma viela estreita por onde sabia que carro algum conseguiria passar e suspira aliviada quando percebe que tinha saído da vista do perseguidor.

Alice respira fundo e caminha novamente rumo a sua casa.

Na praça em frente à seu prédio ela vê a pequena barraca de Enzo, um velhinho amigável e gentil que vendia flores.

A morena caminha até a barraca e sorri para o homem que devolve com o mesmo entusiasmo.

Enzo: parece abatida pequena, aconteceu algo? (O homem pergunta preocupado)

Alice suspira logo depois sorrindo.

Alice: nada, só apertei o passo para chegar mais cedo em casa. Como o senhor está? Sua esposa está melhor? (Alice pergunta se sentando na mesinha em frente à barraca)

Enzo se senta ao lado de Alice e sorri.

Enzo: aquela velha é dura na queda, está melhor que antes. (Ele diz conseguindo arrancar uma risada de Alice)

Logo Enzo parece se lembrar de algo.

Enzo: espere um minuto aqui, sim? Eu já volto. (O mais velho diz e adentra a barraca, saindo dela uns minutos depois)

O idoso carregava um buquê com muitas tulipas em tons de azul claro e escuro.

Os olhos de Alice brilham.

Alice: tulipas negras, minhas favoritas. Nunca vi tons de azul assim antes. (Ela diz se levantando e pegando o buquê)

A morena respira fundo o cheiro das flores e sorri com os olhos fechados.

Alice: quem as enviou? (Ela pergunta ainda sorrindo)

Enzo então parece ficar triste.

Enzo: o senhor Benjamin as enviou, disse que não vai conseguir ir para casa hoje. (Ele revela tristemente)

Alice suspira, ela já devia saber. Desde o novo trabalho ele mal aparecia em casa.

Se ele ficasse mais de 6 horas com ela era um milagre.

A morena força um sorriso e diz:

Alice: obrigada novamente, acho que vou subir. Estou um pouco cansada, buona notte. (Ela diz caminhando até a entrada do prédio de três andares de cor vermelha)

A jovem sobe as escadas até o último andar e adentra o apartamento.

Era espaçoso e possuía uma sacada com vista para a bela praça.

O lugar era aconchegante mas sempre frio e triste.

Era ela e apenas ela, sua única compainha era seu fiel amigo Max, um doberman alemão adulto.

Robusto e com porte atlético, seu cachorro parecia ser o mais perigoso e mortal dos animais, porém era mais dengoso que um pudim derretendo.

Sua pelagem era uma mistura de marrom com preto e suas orelhas pontudas eram um bônus a sua aparência imponente.

Alice desaba no sofá e Max corre ao seu encontro, saltando em cima de sua dona e se deitando ao seu lado.

Alice: fico tão feliz por papai ter deixado eu trazer você, não sei como estaria aguentando tudo isso sem você ao meu lado amigão! (Alice diz abraçando o cachorro e fechando os olhos)

A morena então caí no sono sentindo a respiração calma de seu amigo e as batidas tranquilas de seu coração.

No meio da madrugada, Alice ouve a porta se abrir e fechar e então sente seu corpo ser carregado para outro lugar.

A noite passa tranquilamente e então o despertador toca, acordando Alice que se levanta ainda sonolenta.

A morena então olha ao redor e sorri.

Ela estava em seu quarto, dormindo em sua cama.

Alice se levanta e vai até o quarto de seu pai.

Ela o vê dormindo com tranquilidade, seus olhos fundos devido as noites mal dormidas, sua feição cansada e seus belo cabelo negro todo embaraçado.

Seu terno bagunçado e algo caindo de dentro do mesmo.

Alice se aproxima e então se assusta. O que uma arma estaria fazendo no bolso de seu pai?

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