Narradora on****
Dois meses haviam se passado, Alice ia normalmente a faculdade e cuidava de sua casa.
Seu pai estava mais ausente que de costume e isso deixava a morena triste.
Ele ligava para ela umas poucas vezes e falava pouco, deixando a jovem preocupada.
Alice suspira se levantando da cama e vestindo um short e uma camisa leve juntamente com seu tênis de caminhada.
Alice: Max! (Ela chama seu cachorro e ouve o tilintar de suas pequenas unhas no piso de madeira)
O doberman aparece na porta e se senta.
Alice: quem quer sair pra passear um pouco? Vá buscar a coleira! (Ela da o comando e o cachorro vai até a estante da sala)
Max volta com sua coleira entre os dentes.
A coleira era de correntes prateadas.
Alice põe a corrente ao redor do pescoço de seu amigo e caminha até a porta, sendo seguida pelo mesmo.
Ela desce as escadas do prédio e saí do mesmo.
A morena então começa sua caminhada pela cidade, olhando o cenário de sempre com bastante animação.
Max aproveitava o passeio com Alice mas ficava em constante alerta, rosnando para as pessoas que chegavam perto demais da garota.
A jovem não entendia porque as pessoas encaravam assustadas seu cachorro Max. Para ela, ele era como um pequeno poodle de tão fofo.
Tudo bem que ele era enorme e amedrontador, mas continuava sendo fofo.
Os dois param num parque não muito longe da praça onde o prédio de Alice ficava.
A jovem solta a corrente guia da coleira de Max e a prende em volta de sua cintura.
Alice então pega um graveto no chão e arremessa longe, Max late animado e corre para buscá-lo.
Os dois ficam brincando um bom tempo assim.
Alice novamente joga o graveto e seu cachorro corre atrás.
A morena ouve um assobio e se vira.
Um homem alto e forte estava parado um pouco atrás dela, usava terno e óculos escuros.
Seus cabelos loiros destacavam sua pele bronzeada.
: belas pernas. (O homem diz e Alice fica assustada)
O homem então se aproxima e Alice recua.
Ela avista na rua um carro preto, a janela abaixada mostrava alguém no assento do passageiro.
O homem continua se aproximando, as pessoas viam a movimentação mas ignoravam, quase como se tivessem...medo.
: quero que aceite isto. (Ele diz mostrando um convite, um cheiro estranho podia ser sentido do envelope)
O homem se aproxima de Alice novamente que recua.
Alice: não se aproxime! (Ela diz nervosa e assustada)
O homem sorri de lado com malícia, arrepiando todos os pelos da jovem, e continua se aproximando.
Alice ouve um estalo na grama.
Alice: eu disse, não se aproxime! Max! (Ela grita)
Logo um rosnado é ouvido atrás da morena e o homem arregala seus olhos.
O cão avança no cara desconhecido, derrubando o mesmo no chão e então começa à morder com força seu antebraço.
Alice corre para longe e assobia, Max salta para longe do homem e corre até alcançar a morena.
A garota olha uma última vez para trás e vê alguém sair de dentro do carro negro.
Alice se vira e aperta o passo com Max ao seu lado. Os dois adentram o prédio as pressas e quando a jovem entra em seu apartamento ela desaba no chão juntamente com Max.
A garota olha para seu cachorro e sorri feliz.
Alice: obrigada por sempre estar comigo, garotão. (Ela diz alisando as costas de seu cachorro que late contente)
O focinho de Max estava ensanguentado.
Alice: ótimo seu porco. Agora tenho que te dar um banho! (Ela diz se levantando e chamando o mesmo que a segue)
Ela enche a pequena banheira e põe os produtos que vão ser usados na água.
Alice: só falta vo...cê!!! (Ela diz antes de ser empurrada para dentro da banheira por Max que late balançando seu rabinho)
Alice: Max! Volte aqui! Agora! (Ela grita sorrindo)
Depois de uma pequena perseguição ela consegue por o grande animal dentro da banheira e dar um belo banho no mesmo.
Alice então leva seu cachorro para a varanda e o seca com uma toalha enquanto recebe a ajuda do Sol.
Alice: pronto, seu porquinho. Da próxima nada de machucar ninguém. (Ela recebe um latido como resposta)
Alice: eu sei que ele mereceu, mas é errado. (Ela rebate)
O cachorro parece bufar e adentra o apartamento.
Alice se levanta e o segue.
A morena enche o pote de água e ração de seu amigo e põe os mesmos no chão.
O doberman acaba com a comida em fração de minutos e depois parte para a água, molhando todo o piso.
Alice vai até o banheiro e toma sua ducha rápida, terminando ela se troca e vai até a cozinha preparar sua janta e a de seu pai.
Ela não sabia se ele iria aparecer para o jantar mas preferia não arriscar.
Depois de se alimentar ela escova seus dentes e é acompanhada por Max até seu quarto, onde se deita e adormece.
Quebra de tempo****
Um bom tempo depois ela acorda.
Ainda meio sonolenta ela se levanta e vai até a sala para pegar um copo d'água.
Alice avista um envelope, juntamente com o terno de seu pai, na mesa de mármore que dividia a sala e a cozinha, e repara na semelhança dele com aquele que o homem bizarro a ofereceu.
A jovem pega o mesmo e deixa o copo na mesa, ela caminha de volta para seu quarto mas para no corredor quando ouve os roncos de seu pai.
Ela sorri e adentra seu quarto, fechando a porta em seguida.
Alice acende as luzes do cômodo e se senta na cama, abrindo o envelope.
Ela lê atentamente o recado que parecia ser escrito a mão.
"Requisitamos os senhore(a)s para a comemoração do 20° aniversário do jovem patrão, Pietro Montanari. Recomendamos vestimenta formal para a ocasião. Agradecemos desde já sua presença. Dia: 23 de outubro na residência dos Montanari."
"Uma festa? Por que papai seria convidado pra uma festa?" Ela se pergunta mentalmente.
A garota ouve movimentação no quarto de seu pai então se apressa para esconder o envelope e apagar a luz de seu quarto.
A garota vai para sua cama e se cobre até a cabeça.
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Um caso com o Diabo
RomanceAlice e seu pai, Benjamin Graham se mudam para Verona na Itália devido o trabalho do mesmo, um ano após a morte de sua mãe, Katharine. Porém nem tudo é um mar de rosas e Alice descobre isso da pior maneira.