Capítulo 4

4.9K 421 36
                                    

Narradora on****

Dois meses haviam se passado, Alice ia normalmente a faculdade e cuidava de sua casa.

Seu pai estava mais ausente que de costume e isso deixava a morena triste.

Ele ligava para ela umas poucas vezes e falava pouco, deixando a jovem preocupada.

Alice suspira se levantando da cama e vestindo um short e uma camisa leve juntamente com seu tênis de caminhada.

Alice: Max! (Ela chama seu cachorro e ouve o tilintar de suas pequenas unhas no piso de madeira)

O doberman aparece na porta e se senta.

Alice: quem quer sair pra passear um pouco? Vá buscar a coleira! (Ela da o comando e o cachorro vai até a estante da sala)

Max volta com sua coleira entre os dentes.

A coleira era de correntes prateadas.

Alice põe a corrente ao redor do pescoço de seu amigo e caminha até a porta, sendo seguida pelo mesmo.

Ela desce as escadas do prédio e saí do mesmo.

A morena então começa sua caminhada pela cidade, olhando o cenário de sempre com bastante animação.

Max aproveitava o passeio com Alice mas ficava em constante alerta, rosnando para as pessoas que chegavam perto demais da garota.

A jovem não entendia porque as pessoas encaravam assustadas seu cachorro Max. Para ela, ele era como um pequeno poodle de tão fofo.

Tudo bem que ele era enorme e amedrontador, mas continuava sendo fofo.

Os dois param num parque não muito longe da praça onde o prédio de Alice ficava.

A jovem solta a corrente guia da coleira de Max e a prende em volta de sua cintura.

Alice então pega um graveto no chão e arremessa longe, Max late animado e corre para buscá-lo.

Os dois ficam brincando um bom tempo assim.

Alice novamente joga o graveto e seu cachorro corre atrás.

A morena ouve um assobio e se vira.

Um homem alto e forte estava parado um pouco atrás dela, usava terno e óculos escuros.

Seus cabelos loiros destacavam sua pele bronzeada.

: belas pernas. (O homem diz e Alice fica assustada)

O homem então se aproxima e Alice recua.

Ela avista na rua um carro preto, a janela abaixada mostrava alguém no assento do passageiro.

O homem continua se aproximando, as pessoas viam a movimentação mas ignoravam, quase como se tivessem...medo.

: quero que aceite isto. (Ele diz mostrando um convite, um cheiro estranho podia ser sentido do envelope)

O homem se aproxima de Alice novamente que recua.

Alice: não se aproxime! (Ela diz nervosa e assustada)

O homem sorri de lado com malícia, arrepiando todos os pelos da jovem, e continua se aproximando.

Alice ouve um estalo na grama.

Alice: eu disse, não se aproxime! Max! (Ela grita)

Logo um rosnado é ouvido atrás da morena e o homem arregala seus olhos.

O cão avança no cara desconhecido, derrubando o mesmo no chão e então começa à morder com força seu antebraço.

Alice corre para longe e assobia, Max salta para longe do homem e corre até alcançar a morena.

A garota olha uma última vez para trás e vê alguém sair de dentro do carro negro.

Alice se vira e aperta o passo com Max ao seu lado. Os dois adentram o prédio as pressas e quando a jovem entra em seu apartamento ela desaba no chão juntamente com Max.

A garota olha para seu cachorro e sorri feliz.

Alice: obrigada por sempre estar comigo, garotão. (Ela diz alisando as costas de seu cachorro que late contente)

O focinho de Max estava ensanguentado.

Alice: ótimo seu porco. Agora tenho que te dar um banho! (Ela diz se levantando e chamando o mesmo que a segue)

Ela enche a pequena banheira e põe os produtos que vão ser usados na água.

Alice: só falta vo...cê!!! (Ela diz antes de ser empurrada para dentro da banheira por Max que late balançando seu rabinho)

Alice: Max! Volte aqui! Agora! (Ela grita sorrindo)

Depois de uma pequena perseguição ela consegue por o grande animal dentro da banheira e dar um belo banho no mesmo.

Alice então leva seu cachorro para a varanda e o seca com uma toalha enquanto recebe a ajuda do Sol.

Alice: pronto, seu porquinho. Da próxima nada de machucar ninguém. (Ela recebe um latido como resposta)

Alice: eu sei que ele mereceu, mas é errado. (Ela rebate)

O cachorro parece bufar e adentra o apartamento.

Alice se levanta e o segue.

A morena enche o pote de água e ração de seu amigo e põe os mesmos no chão.

O doberman acaba com a comida em fração de minutos e depois parte para a água, molhando todo o piso.

Alice vai até o banheiro e toma sua ducha rápida, terminando ela se troca e vai até a cozinha preparar sua janta e a de seu pai.

Ela não sabia se ele iria aparecer para o jantar mas preferia não arriscar.

Depois de se alimentar ela escova seus dentes e é acompanhada por Max até seu quarto, onde se deita e adormece.

Quebra de tempo****

Um bom tempo depois ela acorda.

Ainda meio sonolenta ela se levanta e vai até a sala para pegar um copo d'água.

Alice avista um envelope, juntamente com o terno de seu pai, na mesa de mármore que dividia a sala e a cozinha, e repara na semelhança dele com aquele que o homem bizarro a ofereceu.

A jovem pega o mesmo e deixa o copo na mesa, ela caminha de volta para seu quarto mas para no corredor quando ouve os roncos de seu pai.

Ela sorri e adentra seu quarto, fechando a porta em seguida.

Alice acende as luzes do cômodo e se senta na cama, abrindo o envelope.

Ela lê atentamente o recado que parecia ser escrito a mão.

"Requisitamos os senhore(a)s para a comemoração do 20° aniversário do jovem patrão, Pietro Montanari. Recomendamos vestimenta formal para a ocasião. Agradecemos desde sua presença. Dia: 23 de outubro na residência dos Montanari."

"Uma festa? Por que papai seria convidado pra uma festa?" Ela se pergunta mentalmente.

A garota ouve movimentação no quarto de seu pai então se apressa para esconder o envelope e apagar a luz de seu quarto.

A garota vai para sua cama e se cobre até a cabeça.

Um caso com o Diabo Onde histórias criam vida. Descubra agora