Capítulo 6

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Narradora on****

Era sexta a noite, Pietro estava sentado no sofá do apartamento de Alice enquanto acariciava Max, que dormia sobre suas pernas.

Alice preparava algo para os dois comerem na cozinha ao lado e sentia com frequência os olhares de Pietro sobre si.

Alice então suspira.

Alice: Pietro. (Ela chama o rapaz que a encara curioso)

Pietro: sim? (Ele pergunta calmamente)

Alice se vira e sorri para o rapaz que a encara abobado.

Alice: quer me ajudar a preparar o jantar? Deixo escolher algo que goste. (Ela propõe ainda com um sorriso nos lábios)

Pietro se levanta animado, não se importando de ter acordado Max.

O rapaz fica ao lado de Alice e sorri para a mesma que desvia o olhar na esperança do jovem não ter percebido sua vergonha.

Pietro: que tal uns hambúrgueres? Não como um faz muito tempo. (Ele fala com nostalgia em sua voz)

Alice o encara em silêncio por alguns minutos e depois sorri, concordando.

Alice: ótimo, tire a carne moída do congelador. Vou fazer a forma e temperar pra assar. (Ela fala calmamente)

Pietro vai até a geladeira e abre o congelador, retirando a carne e pondo a mesma na bancada de mármore da cozinha.

Alice retira a frigideira do armário acima de sua cabeça e põe no fogão.

A morena retira uma tigela de vidro de um dos armários e põe na bancada, ela separa a carne e depois mistura a mesma com as mãos na tigela.

Alice: pode pegar a tábua pra mim por favor? (Ela pergunta apontando para a tábua para cortar pendurada na parede ao lado da pia)

Pietro concorda com a cabeça e retira o pedaço de madeira do gancho, levando o mesmo até a bancada de mármore junto a Alice.

A morena joga a carne moída na tábua e pega alguns temperos para salpicar na carne.

Logo depois ela começa a apertar e amassar a carne com suas mãos. Pietro observava calmamente os movimentos suaves da morena.

Alice despeja a carne em formato já circular na frigideira e começa a fritar a mesma.

O cheiro gostoso invade os sentidos de Pietro que sente então sua barriga roncar, o jovem se aproxima de Alice e observa a carne ficando pronta.

Alice: pode pegar aqueles pães por favor? (Ela pede gentilmente)

O rapaz pega os pães e corta os mesmos com uma pequena faca de serra.

Alice põe os hambúrgueres dentro dos pães e entrega a Pietro que sorri, indo até o sofá e se sentando com o prato em mãos.

A garota abre a geladeira e retira uma garrafa de Coca Cola bem gelada, pegando um copo de vidro e pondo o líquido gasoso dentro do mesmo.

Alice caminha até Pietro e se senta ao seu lado, entregando o copo para o rapaz que sorri agradecido.

Alguns minutos depois, Pietro termina sua refeição alegre.

Fazia anos que ele não comia um hambúrguer caseiro, e o de Alice era realmente delicioso.

O garoto olha para o lado e segura a respiração quando observa Alice cochilar em seu ombro.

Max dormia encostado nos pés do sofá, bem abaixo dos dois jovens.

Pietro olha para o outro lado e encara a varanda aberta.

A lua brilhava no céu, o barulho noturno das cigarras eram tranquilizantes.

A brisa da noite adentrava o apartamento e soprava sobre os dois jovens no sofá, Alice treme com frio e Pietro observa a pele canela da garota se arrepiar.

O garoto com cuidado retira Alice de seu ombro e caminha até a varanda, Max se levanta e o segue.

Pietro encosta seu quadril no parapeito da varanda e retira de seus bolsos uma carteira de cigarros juntamente a um isqueiro de metal com o brasão de sua família desenhado no mesmo.

Uma fênix empoleirada em um escudo estava desenhada no metal, a ave reluzia em dourado enquanto em seus olhos duas pequenas pedras de rubis brilhavam sutilmente.

Pietro acende o isqueiro e toca a ponta do cigarro nas chamas.

O rapaz da uma tragada no cigarro e libera a fumaça abrindo lentamente seus lábios.

O jovem encara a lua e logo depois a praça que estava pouco movimentada, apenas a pequena banca ainda estava aberta.

Algumas luzes acesas eram vistas em janelas distintas em prédios diferentes.

Pietro gostava da noite e o silêncio que a acompanhava, as poucas luzes tornavam o momento ainda mais intenso e acolhedor.

As cigarras cantavam junto a alguns grilos e a brisa noturna fazia os galhos das árvores dançarem.

As folhas murchas voavam para longe junto a fumaça que escapava dos lábios de Pietro.

Alice abre lentamente seus olhos e encara a varanda aberta.

Seu peito aquece e seus olhos brilham quando ela avista Pietro e todo o seu esplendor. Max estava deitado em seus pés, com visível afeição pelo jovem ali presente.

O rapaz estava apenas parado e fumando, mas cada movimento, respiração e piscar de olhos era intenso.

Ela via o maxilar do jovem se contrair e a fumaça voar para longe junto ao vento, enquanto os cabelos castanhos do mesmo balançavam suavemente.

Ela observa as tatuagens em seu pescoço, descendo pelos seus ombros até seus braços, dos braços até os antebraços e das mãos até os dedos.

Ela se perguntava se suas costas também eram tatuadas.

O rapaz se vira e Alice se arrepia quando seus olhos se cruzam.

Ela observa o tórax exposto de Pietro, o mesmo também era repleto de belas tatuagens.

O rapaz sorri para Alice e com um pequeno peteleco ele arremessa a bituca do cigarro pela varanda.

O jovem adentra o apartamento e fecha a varanda.

Pietro: sinto muito se sua casa acabar ficando com cheiro de cigarro. (Ele diz calmamente voltando a se sentar ao lado da garota)

Alice nega com a cabeça e sorri.

Alice: não se preocupe com isso, é bom sentir esse cheiro. Me faz lembrar que tem alguém aqui comigo. (Ela diz se recostando nos braços do rapaz enquanto fecha os olhos e respira fundo)

Pietro abaixa um pouco sua cabeça para poder olhar a morena que se aninhava em seu peito e respirava calmamente seu aroma.

O rapaz ergue uma sobrancelha e sorri de lado.

Pietro alisa a cabeça de Alice com sua mão e após alguns minutos a mesma volta a dormir.

O mais velho se levanta com Alice em seus braços e caminha até seu quarto, sendo seguido por Max.

Pietro deita Alice com cuidado na cama e fica por cima da mesma alguns minutos, a encarando encantado.

Os longos cabelos chocolate de Alice espalhados pelo travesseiro, seu rosto gentil adormecido, sua boca carnuda semiaberta enquanto respirava fundo.

Os olhos de Pietro ficam nublados, ela era linda.

O rapaz se deita ao lado da morena e fecha seus olhos, Pietro sente um peso na ponta da cama, Max havia se deitado.

O jovem fica quieto por alguns minutos até que Alice se vira e o abraça enquanto dorme.

Pietro abre os olhos e encara a morena com um sorriso nos lábios.

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