II - Soneto à Umbrosa Ternura de Maria

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Homenagem á cantora Maria Brink

Teus douros cabelos ao vento,

Teu manto, tão negro quanto tenro;

Tu és, ó Maria, de Minh'alma

Eterno alento d'um seio sem calma.


Tua voz, tão cheia de vida e de morte,

Teu olhar, obscuro como a negra aurora,

Tornam meu viver em tamanha sorte,

E meu sofrer em sorrisos de outrora!


Ave Maria! Tão cheia de graça.

Tua música faz fugir tod'uma desgraça,

Tornando lágrimas em felicidade!


Tu trazes ternura à minha mocidade;

E a ti pertence meu total e eterno amor.

Admiro-te, ó Maria; Admiro-te em solene louvor!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora