III - Rosas no Sepulcro

8 1 0
                                    

"Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo."

Lord Byron.

Minh'alma residia

Naquelas pétalas imaculadas.

E eu à entregaria

A ti! Minha única amada!


Ah! Que fim trágico tu me deras.

Rejeita-me um'outra vez!

Perdi-me de quem eu era;

Numa só frase, tudo. Tudo se desfez!


E tu, pálida inocência,

Sequer enxugou as minhas lágrimas.

Apenas mostrou-me a triste essência,

E tornou o amor em lástimas!


Ah! Eram rosas tão belas!

Pena que murcharam em teu palor.

Eu murchei junto a elas!

Tu matou-me. Matou-me de amor!


Mesfistéfoles do amor!

Por que visitas o sepulcro meu?

Condenou-me a tamanha dor.

Em mim, tudo. Tudo morreu!


Ah! Estas minhas lágrimas penosas

São o martírio de minha paixão.

Eu receberei de volta as minhas rosas

Quando tu me visitar em meu caixão!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora