VII - Moça-camarão

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Que há de dizer?

Sobre tua beatitude;

Moça dos dentes de serrilha,

E da pele cor de estrume!


Moça do bafo de onça,

Moça de linguajar sem esmero

- Que inflama o teu cheiro pestilento -

Moça da boca do inferno!


Ah! E antes que se esqueça,

Não há como dizer que não.

Tu não és camarão

Mas tem merda na cabeça!


Moça da gargalhada ecoante.

De uma dentadura torta,

Moça extremamente irritante,

Burra como uma porta!


É um homem de sorte

Aquele que não te conhece,

Pois melhor é a morte

Do que passar um minuto com você.


Este poema, moça-camarão

Foi feito com o intuito de dizer

O quanto eu te odeio...

Moça, vai se foder!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora