II - Um Devaneio de Amor

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"Pobre é o amor que pode ser contado".

Antônio E Cleópatra; Ato I Cena I. William Shakespeare.

Tua voz é um sereno acalanto,

Meu sorriso é sempre um sorriso teu.

Tua voz aquece o coração meu,

Fico ébrio em teu encanto!


Em tua face juvenil:

Tuas bochechas coradas.

Um sorriso se abriu,

Beijo tuas bochechas rosadas!


Teu lânguido olhar de mel

Enfeitiça o meu coração,

Com um único beijo teu

Eu morreria de tamanha paixão!


Teus rubros cachinhos;

Volumosos e tão belos,

Saltitam em teus dedinhos.

Tamanho é o meu apelo!


Tua alva tez;

De tão belo palor.

Por ti, um'outra vez,

Morreria de amor!


Teu abraço é meu escapismo,

Passam-se os dias meus,

Jogo-me no imenso abismo,

Que é o coração teu!


Enxotei o espírito de mim,

Procurando amar alguém.

Passei a amar-te assim;

Te amo como jamais amei ninguém!


Ah! Que doce devaneio!

Te amo, não vês?

Quero em teu seio

Morrer de languidez!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora