Que lástima ocorrera! Que tristeza!
A morte, doce mulher, te levara;
Levara tua bonomia, levara tua beleza!
Algo em teu cadáver restara?
Teus pulsos, mulher, sangram ainda! Mas
Teus pulsos, mulher, não pulsam mais.
A lágrima é visível no teu rosto e
O desmazelo, percebo, foi teu desgosto.
Cadáver de mulher, que tirara a própria vida
Por não gostar de si mesma!
Ah mulher! Não te falaram de tua beleza?
Ah mulher! O mundo te injustiçou!
Escarniou teus traços e linhas.
E nada. Nada de tí restou!
O Deus da Beleza, abantesma;
Te maltratou, te persuadiu!
E você, a Morte preferiu
À aceitar a sí mesma!
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Um Jardim no Inferno - Antologia Poética
Poesia"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se encontra o Inferno. Dito isso, o que é o Jardim no Inferno senão uma antologia de sofrimentos?". Trecho retirado do prefácio do livro. Insp...