A boca que um dia te beijou,
Hoje baila, reconditamente,
A dança que a morte decretou
Ao pávido seio dormente!
O corpo um dia meu,
Que alojou minh'alma,
Chora ao silêncio teu;
Que diz que não me ama!
A lira do meu cantar
Soa como minh'alma partindo.
Foi por dizer te amar
Que um dia estive sorrindo...
Ah! Por que me deste um fim desses?
As larvas que comem os lábios meus
Têm beijos doces...
Tão doces quanto os teus!
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Um Jardim no Inferno - Antologia Poética
Puisi"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se encontra o Inferno. Dito isso, o que é o Jardim no Inferno senão uma antologia de sofrimentos?". Trecho retirado do prefácio do livro. Insp...