"O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja."
Versos íntimos. Augusto dos Anjos,
Meu peito agora arde em langor
A dor da inimizade e da decepção.
Da maldita - tão maldita traição -
De quem já me foi um amor!
Ah! Megera dos diabos! O que te fiz?
Para merecer tamanha danação.
Para ti, mulher, fui como um irmão,
E em meio seio fráguas outra cicatriz?
Tu pisaste em mim! Escarniou meu sentimento.
Lilith maldita, Astaroth infernal!
Enquanto eu te prometi o amor como tal,
Mais uma vez machuca-me cá dentro!?
Todos os abraços e as palavras tão belas,
Percebo agora, foram mentiras singelas;
Pois nunca houve sincero sentimento entre nós.
Ah! Garota! Co'a loucura estou ao desalento,
E com a tristeza estou a sós!
Tu és a pior das cobras, a víbora maldita!
Esperando e mentindo por tanto tempo
Tão somente para deixar-me esta ferida!
Tu és como um vampiro, ou pior senão,
Sugou todo meu amor, e toda a minha paz,
E me deixou com feridas no coração!
Ah! E cinicamente ainda pede desculpa vã!
Tu, demônio, súcubos dos infernos,
Que tem a cara angelical, somente para
Esconder essa tua face de satã!
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Um Jardim no Inferno - Antologia Poética
Puisi"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se encontra o Inferno. Dito isso, o que é o Jardim no Inferno senão uma antologia de sofrimentos?". Trecho retirado do prefácio do livro. Insp...