IV - Soneto Cor-de-Dor

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Era tudo tão colorido, tão belas cores!

E agora Deus? Te pergunto: E agora!?

As vozes e cores de tão bela outrora,

Agora, nada mais são que negras dores!


Eram lírios, rosas, girassóis - Eram flores! -

Eram. Eu te digo: ERAM! E a essa hora...

Nada mais são do que torpes dissabores!

Dissabores! Piores que os da pré-outrora...


Arco-íris monocromático! De uma negra cor;

Cor de lágrimas, cor de ódio: A cor da dor!

Da cor do suicídio, da cor de um mausoléu!


A tristeza é negra, e cinza é o seu véu!

A tristeza agora, é da cor do meu amor...

Ambos vestem preto, a mais negra cor!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora