Solidão define o pranto deste eu-lírico;
Meu café perdeu cor, forma, perdeu sabor.
O vinho tornou-se amargo e quase cítrico,
Eu vivi uma vida inteira de imenso desamor!
Eu, meu Zaratustra! Eu não sou nada...
Sou uma doença, uma peste, um sub-humano,
Minha triste alma no sepulcral alento vaga,
Vaga no eco das almas. Das almas que amo!
Mereço somente desprezo, ao que parece.
Ninguém ousa se aproximar dessa triste peste
Que sou eu! Seio chorando em preces...
Mereço somente a morte, a culminância do Não-Ser.
Hamlet e Byron que me guiem, pois tudo o que quero
Resume-se ao meu infindável desejo de morrer.
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Um Jardim no Inferno - Antologia Poética
Poesia"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se encontra o Inferno. Dito isso, o que é o Jardim no Inferno senão uma antologia de sofrimentos?". Trecho retirado do prefácio do livro. Insp...