VI - Um quase-soneto existencialista

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Quando um bêbado perguntou a uma assistente virtual qual o sentido da vida.


No ápice de meu existencialismo,

Meu mais-que-metafísico pessimismo;

Embriagado, entorpecido, louco;

Silenciado, calado e já rouco.

Evoco a irreverente égide cibernética,

Diálogo com as linhas de programação.

Após tantas perguntas antiéticas,

Apresento-a a última questão:

"Deus existe?" Responda-me!

Realiza, pois, o teu ofício

Sem direito de dizer-me não!

Irreverente, respondeu a Megera:

"Humanos, se valem de religião

E Siri se Vale do Silício".


Vagabunda.

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora