24. Enfim, Juntos

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(Atenção ! Os capítulos 24, 25 e 26 foram postados ao mesmo tempo. Se não recebeu as notificações, volte ou avance para ler os capítulos.)

SHAWN

Abro os olhos.

Gemo, sentindo uma dor gigantesca, por todo o meu corpo.

Tento levantar, até que eu percebo que estou em uma cama de hospital.

E aí ...
As lembranças me atingem.
Na mesma hora.

Eu e Camila, parados no telhado de um prédio em chamas, sem qualquer possibilidade de sermos salvos.

Um jato se aproximou e eu ... eu consegui entrar ... mas a Camila não.

A Camila caiu.
Junto com todo o prédio.

Coloco as mãos no rosto, lembrando que não consegui salvá-la, quando ela mais precisou de mim.

Camila se foi.
Pra sempre.

- Ah. - A enfermeira entra no quarto. - Você acordou.

- Oi. - Falo, ainda com um pouco de dor. - Há quanto tempo eu estou aqui ?

- 3 dias. - Ela responde.

- 3 dias ? - Falo, incrédulo.

- Você levou um tiro, sr. Mendes. - Ela responde. - E, bom ... você passou por um grande estresse emocional. Isso derrubaria qualquer um.

Olho em volta, surpreso por não ouvir nenhum barulho da guerra que estava acontecendo na Capital.

- Não se preocupe. - A enfermeira me corta, educadamente. - Já acabou.

Suspiro, um pouco aliviado.

- E os meus amigos ... ? - Pergunto, ficando preocupado.

- Estão bem. Todos eles estão bem. Eles estão ajudando na reconstrução da cidade.

Penso na Rihanna, na Pabllo, Demi, Bruno e Nick.

E penso na Katy ...

A Katy ...
Como será que ela está agora ?

Provavelmente, com a Rihanna.
Claro.

Esse era o certo.
Afinal, elas se amavam.

Eu fui só um fedelho que saiu da caixa e não fez nada além de atrapalhar o relacionamento delas.

Sei que eu disse pra Katy que a amava, mas ... talvez seja melhor se eu só me retirar de cena.

A guerra acabou.

Eu posso ... sei lá ... fazer alguma coisa.

Ir para uma ilha deserta, plantar cenoura e esperar pra morrer de câncer.

- Sr. Mendes. Tecnicamente falando, o sr. já recebeu alta ontem. - A enfermeira fala. - Gostaria que eu chamasse um dos seus amigos para buscá-lo ?

- Não. Não precisa. - Falo. - Eu posso ir sozinho. Tem algumas coisas que eu preciso ver ...

. . .

Saio do hospital, perfeitamente bem, mas ainda andando com um pouco de dificuldade.

O sol estava bem à vista e era bom ter a sensação do calor na minha pele.

Ando pela calçada, vendo vários carros destruídos e escombros deixados pela guerra.

Alguns caminhões estavam passando e vejo alguns ... cantores ? ... ajudando na limpeza.

O Labirinto VorazOnde histórias criam vida. Descubra agora