ROYALS ♤ | Shawn Mendes - Concluída

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Depois de organizar meu quarto e tomar um bom banho, decido que é hora de conversar com Liyah. Mas, sinceramente, nem sei o quê vou dizer à ela, estou bem envergonhada e receosa.

Acho que a fase em que eu achava graça dessa situação passou e agora a ficha caiu de que:

Puta que pariu, a Liyah me viu num momento íntimo com Shawn.

E eu sei que nada que eu disser vai mudar isso, ela é inteligente – inteligente até demais.

Entretanto, para ela ter entrado em meu quarto daquele jeito, obviamente deve ter um motivo. Então, com certeza ela tinha algo para falar comigo.

Caminho até seu quarto ajeitando minha saia que fica subindo a cada passo que eu dou e bato em sua porta até escutar um "entra" um pouco arrogante.

Entro e vejo a mesma sentada na cama mexendo em seu notebook, com alguns papéis em volta. Ela parece tão concentrada no que está vendo no aparelho em sua frente que acho que nem sabe quem acabou de entrar em seu quarto.

Maya: Olha... que bom que resolveu estudar um pouco – comento caminhando até ela que nem se deu o mínimo esforço de prestar atenção no que acabei de dizer e continua concentrada na tela do computador – Hã, Liyah eu queria...

Liyah: Cala a boca e olha isso... – me interrompe com rusticidade e entrega uma folha com o retrato de uma mulher, que somente pegava do pescoço para cima.

Examino bem a foto e me olho no espelho da penteadeira. Como isso é possível?

Maya: Sou... eu? Não me lembro de ter tirado essa foto – digo ainda encarando a fotografia.

Liyah: Porque você não tirou! Essa daí é a Rainha Helena! – arquio as sobrancelhas juntas.

Maya: A esposa do Rei Éliot? – pergunto e ela gesticula positivamente – e-eu não entendo...

Liyah: Eu pesquisei na internet e encontrei duas explicações para esses casos em que você encontra alguém muito parecido com você. A primeira é que essa pessoa é possivelmente sua sócia. O que não é uma coisa muito rara de acontecer, existe uma teoria segundo a qual existem 7 sósias de cada pessoa no mundo, e pode ser, até mesmo, que esses sósias tenham vivido em outra época, por isso a possibilidade de encontrá-los é muito pequena – ela fala e vou concordando com tudo o que ela diz – Porém, eu analizei bem a foto e percebi uma coisa. Dá uma olhada nessa pinta aqui no pescoço da rainha – aponta para a foto em minha mão.

Maya: Sim, eu tenho uma igualzinha no mesmo lugar – comento apontando para o meu pescoço.

É uma pinta um pouco diferente das outras, essa é maior e mais clara, e tem o formato semelhante ao de uma rosa. Sempre tive ela, e meu pai costumava dizer que as rosas simbolizam o amor.

Liyah: Exato. Eu lí em muitos lugares que essas marcas de nascença são um sinal de identidade, ou seja, por mais fizicamente parecido que você seja com sua sócia, esse tipo de coisa tem uma probabilidade quase inexistente de acontecer... a menos, é claro, que seja uma característica nata, o que nos leva à segunda explicação que eu encontrei para esse caso.

Maya: E qual é a segunda explicação?

Liyah: Relação genética.

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Alô FBI?

Alguém contrata essa minina!

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