ROYALS ♤ | Shawn Mendes - Concluída

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Maya: O quê? – solto uma rizada – acha que a minha semelhança com a Rainha Helena está ligada à alguma relação genética com ela? – pergunto sarcásticamente.

Mas, por um lado, eu entendo a ingenuidade que se passa na cabeça dela.

Liyah: Eu não sei, só estou dizendo o que eu descobri. Mas você não acha que vale a pena investigar? – não respondo nada, apenas solto um suspiro subtamente cansado, e parece que o meu desinteresse causa indignação nela – Maya! Pensa! Você foi adotada, não faz idéia de quem são seus pais biológicos. Seu passado pode reservar algo sobre você que poderia mudar a sua vida! Por quê não dá a mínima pra isso? – revolta.

Permaneço calada, apenas pensando.

Eu nunca tive o interesse em descobrir quem são meus pais biológicos porque eu sou tudo o que o Bob tem, tudo. Ele perdeu uma filha de três anos há vinte anos atrás, e dois anos depois sua esposa morreu de tuberculose. Eu não sou capaz nem de imaginar a tamanha tristeza que ele deve ter se afogado.

Depois que sua esposa faleceu, ele disse que foi como se uma parte dele morresse também, que ficou completamente sozinho, então resolveu me adotar.

Desde então, não posso dizer que substituí ninguém na vida dele, mas preenchi um vazio enorme que ele carregava no peito, e eu me sinto a melhor pessoa do mundo por ser filha de Bob Cooper, mesmo que não seja biologicamente falando, sou muito grata à ele. Me sinto na obrigação de nunca o abandonar, em hipótese alguma.

Por isso nunca pensei dessa forma, sobre quem eu realmente sou, de onde eu vim – pelo menos, eu pensava que não – Muito menos que uma criança de onze anos me estimularia a pensar dessa forma.

Olhando para um ponto fixo, me perco em meus pensamentos.

Vinte e oito de setembro, um dia depois do acidente de carro que matou os reis, do qual a princesa Clary não estava.

Vinte e oito de setembro, o dia que eu fui deixada na porta do orfanato por Eduard e coincidentemente o dia que a Princesa Clary morreu e Katherine se tornou a regente de Hortência.

Maya: Não... – digo baixinho andando de um lado para o outro.

É coincidência demais.

Parece um quebra-cabeça de mil peças do qual eu estou com a última peça na mão.

Liyah: O que foi, Maya? – se levanta e vem até mim, seu olhar transborda curiosidade.

Pego a fotografia em cima da cama e a olho novamente.

Semelhança, relação genética, vinte e oito de setembro, Eduard, Katherine...

Essas palavras voam em minha como um aviãozinho de papel.

Não consigo ignorar o fato de que estou deixando passar alguma coisa bem óbvia nessa história toda, alguma coisa que estava bem debaixo do meu nariz esse tempo todo.

É possível que eu tenha alguma relação com a Rainha Helena? É possível que eu seja a... princesa Clary?

Maya: Liyah... você acha que eu posso ser a... – não termino de falar porque meu cérebro se recusa a acreditar numa coisa estúpida dessas, mas Liyah já entende tudo.

Liyah: Oh meu Deus! – diz frustrantemente com a mão na boca.

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Irraaa, é agora meu povo 🤠🥳

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Eu postando capítulo às 00:15, mas sempre postando, pela escritora boa que sou kakakajahakaja. Amo vcs ❤