Dulce caminhou de um lado para o outro no consultório vazio. Para equilibrar o orçamento, tivera de dispensar a enfermeira e a Secretaria. Chris insistia em dizer que tudo iria melhorar mas não era o que estava acontecendo. Ela havia conseguido reaver a licença para exercer a profissão, e a srta. Hernández havia publicado na primeira página do jornal a matéria completa sobre a morte de Paco, inosentando-a de qualquer involvimento. Mesmo assim as pacientes tinham se afastado.
A companhia alertou-a para a chegada de alguém. Como não dispunha de Secretaria, ela própria foi atender.
Na sala de espera, encontrou Alfonso e as sobrinhas, uma loira e a outra morena, segurando a mão enorme do Tio. Era evidente que elas haviam chorado, e bastou um olhar para perceber que Alfonso se encontrava à beira de um ataque de nervos.
Dulce tomou cuidado de não demonstrar muita alegria ao vê-lo novamente. Havia evitado seus telefonemas por uma semana, determinada a se isolar até que pudesse digerir a informação de que provavelmente, Beatriz havia assassinado Paco.
Suspirou. Simplesmente não podia acreditar que a mulher da qual aprendera a gostar pudesse planejar e executar um assassinato. O que provava que sua capacidade de julgar caráter das pessoas estava comprometida.-- Olá. - Saudou em tom profissional.
-- Olá...
Ela quase derreteu com o sorriso de Alfonso.
-- Ouvi dizer que a doutora está de volta. - ele elaborou, charmoso.
-- É verdade. - Aproximou-se e sorriu para as meninas. - E estas devem ser Ally e Jeanie.
As duas assentiram, porém se encolheram contra as pernas do tio.
-- Elas foram pra casa da minha mãe no fim de semana e pegaram um resfriado.
-- Ah... - Dulce sorriu. - Prometo fazer de tudo para que vcs se sintam melhor.
-- Por que não há ninguém aqui tio Alfonso.? - Ally olhou ao redor da sala vazia.
-- Por que ninguém está doente. não é bom?
Dul lançou um olhar agradecido a ele.
-- Por favor Alfonso leve as meninas para Salé de exames vc ja sabe o caminho.
Ela apanhou dois formulários de identificação e os seguiu, tentando ignorar o sorriso sedutor que ele lhe lançava.
-- Vou examina-las com este estetoscópio. - Dulce explicou, aproximando-se de Ally. - Quero ter certeza de que vc não tem infecção respiratória.
-- Vc vai me dá injeção?
-- Não. Vcs só teram de tomar antibióticos por alguns dias. - Declarou depois de examina-las.
-- Ela é linda tio Alfonso. - Jeanie sussurrou, cobrindo a boca com a mão.
-- Também acho. - Ele concordou olhando para Dulce sobre a cabeça da sobrinha.
-- Por que vc não leva a Dra. Dulce María para comer espaguete em nossa casa?
-- Meninas acho que vi um pote com balas na sala de espera... - Alfonso tirou as sobrinhas da maca e as colocou no chão. - Por que não vão até lá e esperam por mim? Não corram! - Acrescentou quando as duas saíram em disparada.
Tão logo ficaram a sós, Dulce sentiu a pulsação se acelerar.
-- Como vão os negócios?
Ela suspirou longamente e deu de ombros.
-- Os pacientes desapareceram.
-- Tenho certeza de que tudo vai melhorar em breve.
-- Eu também. - Dulce o encarou com gravidade. - Vou me mudar Alfonso.
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Um Amor de Verdade
RomanceDulce Maria Álvarez tinha tudo pra ser feliz: Um casamento perfeito com um homem que era o sonho de toda mulher, a profissão que sempre sonhará ter e uma linda casa na pacata cidadezinha de Smiley. Então,por que ela tinha a sensação de que uma Catá...