II - O primeiro assassinato

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Se o primeiro amor a gente nunca esquece, imagine o primeiro assassinato. Só de lembrar meu coração acelera e os momentos daquela noite retornam a minha mente. Era inverno e eu vinha voltando do trabalho. A neblina era densa e pouco se via da estrada e numa dessas curvas sinuosas me perdi a acabei rodando na pista. Atordoado desci do carro e analisei se não tinha furado um pneu ou coisa do tipo. Respirei aliviado ao perceber que tudo estava em ordem. Assim que entrei no carro percebi que vinha alguém em minha direção, na certa oferecer ajuda. Abri a porta e ofereci meu melhor sorriso. O coitado mal completou uma frase, porque logo cruzei com minha faca em sua garganta. Ele cambaleou para trás e caiu na pista, sangrando e tentando dizer alguma coisa. Me aproximei e falei ao pé do seu ouvido: obrigado!

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