Prestes a chegar na residência do padre, a equipe de polícia cruzou com Lázaro, em alta velocidade e sorrindo feito louco.
-Aí, Doutor, esse jornalista metido a detetive ainda vai acabar no xadrez - comentou Sivaldo. O delegado apenas riu e seguiu o caminho. Ele não tinha nada contra Lázaro, apenas não simpatizava com o sujeito e não fazia questão de sua amizade.
Antes de chegar a casa do padre, repararam que a igreja e os portões da casa paroquial estavam fechados. Coisa no mínimo estranha.
-Que enrascada esse padre se meteu, hein?! - questionou Mateus.
-Pra irmã não contar por telefone deve ter sido algo grave.
-Pessoal, guardem as teorias pra depois - determinou o delegado.
A irmã Dalila os esperava na calçada, mas informou que não entrava na casa do padre de jeito nenhum.
-Isso não é coisa de Deus, delegado.
-Como assim?
-Entre e veja com seus próprios olhos - disse pesadamente a irmã, fazendo o sinal da cruz.
A porta estava aberta e apesar de não conhecer a casa do padre, aparentemente tudo estava em seu lugar. Sem indícios de arrombamento ou briga. A equipe logo encontrou o corpo do padre. Uma análise primordial foi realizada, mas nada constatado.
-Aparentemente ele escorregou e bateu com a cabeça. Sangrou até morrer - disse o inspetor.
Ainda que concordasse com a teoria, o delegado achava tudo óbvio demais.
-Estamos deixando alguma coisa passar - comentou ele em voz baixa, vestindo as luvas e se aproximando do corpo.
Como há muito não fazia, o delegado resolve investigar por ele mesmo. Ao se agachar seus joelhos estalam e ele recorda o porque de não fazer mais isso, o peso da idade se faz presente. Cuidadosamente ele pega no punho do padre e gira. O sangue seco parece que encobre uma marca.
-Sivaldo! Tire umas fotos aqui e me arranja um pano úmido.
Prontamente o delegado é atendido e após as fotos ele passa o pano úmido na parte interna do punho do padre.
-Uma cruz invertida - disse Mateus.
A equipe de polícia se entreolha, assustados.
De repente uma corrente de vento invade a casa e a porta é fechada com força.
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Diário do Fred - O serial killer
HorrorAqui você lerá os diários dum serial killer brasileiro. Desde os primeiros dias, acompanhando sua evolução, os assassinatos, pensamentos e tudo mais que acontecer na sua volta. A história se passa em Barra do Ribeiro, pequena cidade do interior do...