Capítulo 12

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Acordar em uma segunda todo dolorido, não estava nos meus planos

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Acordar em uma segunda todo dolorido, não estava nos meus planos. Saio do meu quarto me surpreendo pelo vazio da sala.

Olho pra hora no relógio grudado na parede, são oito da manhã, no sofá tinha a coberta dobrada, a mesma que a cobriu.

Me jogo no sofá, sentindo a merda do cheiro dela em tudo.

Tombo a cabeça pra trás e encaro o teto por alguns segundos, tentando assimilar tudo que aconteceu desde ontem.

Eu fui atrás dela mesmo tendo a plena certeza que aqueles caras iriam quebrar a minha cara, eu geralmente não dou minha cara pra defender quem eu nem conheço.

Suspiro sabendo que isso tudo isso é um verdadeiro campo minado.

Olho pra porta que estava sendo espancada, sem reação, eu caminho em direção a ela com receio e no fundo eu já sabia quem era, aliás, uma das únicas pessoas que teria lógica de vir aqui

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Olho pra porta que estava sendo espancada, sem reação, eu caminho em direção a ela com receio e no fundo eu já sabia quem era, aliás, uma das únicas pessoas que teria lógica de vir aqui.

Já que são mínimas as pessoas que sabem onde eu moro, me parece que foi um erro ter mostrado a ela.

Abro a porta e encontro a menina de cabelos dourados atrás dela, com um sorriso tímido enfeitando seus lábios.

—Imaginei que estaria com dor. -ela diz estendendo uma sacola pra mim. —Está muito escuro.

Ela diz assim que eu pego a sacola, ainda receoso. Ela observa meu abdômen com atenção, analisando os hematomas, eu acho.

—Eu também trouxe a matéria que você perdeu, aquela professora é um saco. -ela reclama, olhando pra dentro.

Acho que ela espera que eu a convide pra entrar.

—Você lembra o que falei na sexta? -pergunto mesmo sabendo que é rude da minha parte, o semblante dela vacila por alguns estantes, mas ela sorri.

—Foi muito escroto da sua parte e seu ego é maior que a Torre Eiffel. -ela diz bem humorada, apesar das palavras que saiam da boca dela. —Mas estamos no século vinte e um, não falamos apenas com as pessoas que temos interesse.

—E ficar encarando sem parar ? - Retruco, me lembrando nitidamente de sexta, quando eu podia sentir o olhar dela queimando sobre mim.

—Eu estava olhando pro seu cabelo. -ela da de ombros, ela mente muito mau.

—Eu também não preciso de uma amiga. -me escoro na porta assim que a fecho atrás de mim, impedindo-me  de ouvir a parte da minha cabeça que queria a convidar pra entrar.

—Fala sério, todo mundo precisa de amigos. -ela fez uma careta e cruza os braços, minha atenção desce até o mini decote e mesmo que por milésimos de segundos, foi capaz de me incomodar.

—Não preciso. -Falo sincero, vivi quatro anos da minha vida assim, não é uma garota estressante que vai me fazer mudar de ideia.

—Tudo bem. -ela apertou os lábios, causando um estalo. —O que você vai fazer quanto ao Theo? Ele não apareceu hoje na faculdade e se apareceu, eu não vi.

Sério que ela foi pra faculdade?

—Não vou fazer nada. -respondo, fazendo ela ela me olhar boquiaberta.

—Como não? Poderia ter sido pior é você poderia está todo quebrado. -Ela exclama apontando para meus hematomas.

—Não gosto de brigar. -dou de ombros, sabendo que isso é verdade, foram poucas as vezes que briguei na minha vida.

Posso contar nos dedos, sempre evito me meter em brigas por não ser bom em controlar a raiva.

A primeira vez foi com meu "irmão", eu tinha 11 e ele 14, eu consegui rachar a merda do crânio dele com o punho.

Na segunda vez foi em uma briga de time, eu soquei um idiota até quebrar o capacete dele e a terceira vez foi com o Theo, aonde ele ficou internado por uma semana.

Ela levanta as sobrancelhas como se não acreditasse, mas não insiste no assunto.

—A pomada azul é pra passar em cima dos cortes. -ela avisa enquanto recua alguns passos. —Você parece bem.

Ela diz como se tivesse respondendo a si mesma.

—Obrigada por ontem. - agradece ela.

—Qual seu nome? -pergunto antes dela se afastar por completo.

—Ah, é claro que você não sabe meu nome. -ela ironiza e suspira. —Pode me chamar de Cora.

Ela responde antes de entrar dentro do elevador e acenar, espero ele se fechar pra entrar, analisando a bolsa na minha mão.

Que merda.

Que merda

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