Capítulo 13

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Depois de três dias de boatos e mais boatos espalhados sobre o Brown, todos olham na mesma direção que eu, tão surpresos quanto eu

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Depois de três dias de boatos e mais boatos espalhados sobre o Brown, todos olham na mesma direção que eu, tão surpresos quanto eu.

Ele passava por todos como se não enxergasse ninguém, seu rosto não estava mais inchado, mas ainda tinha algumas marcas roxas nele.

Ele caminha de cabeça erguida mesmo sabendo que o corredor ficou em silêncio pra ver ele passar, acho que esperam que ele vá até o Theo, mas ele apenas entra em uma sala, na qual eu também tenho aula.

—Que. Porra. Foi. Essa. -Bride diz encarando a porta na qual ele entrou, assim como eu.

Eu não a contei o que aconteceu, porque me senti culpada e também achei que talvez ele não fosse gostar.

—Pelo o que eu ouvi, pensei que o Theo tinha feito um estrago. -Ela sussurra. —O idiota continua bonito com essas marquinhas de nada no rosto.

Ela completa, eu concordo com a cabeça e acompanho ela até a sala, procurando ele com os olhos.

Ele estava sentado de maneira relaxada enquanto mexia no celular, seguro a vontade de ir falar com ele e me sento ao lado da Bride.

A aula passou voando, acho que foi a primeira que eu consegui prestar atenção, mesmo eu sentindo que ele me olhava.

Ou talvez seja só minha imaginação fértil.

Ele é o primeiro a sair quando a aula acaba, eu fico o observando se afastar, pensando se devo ou não me aproximar.

—Não me diga que é o que eu estou pensando. -Bride diz, desviando minha atenção pra ela.

—Como assim? -pergunto alheia ao que ela deve ter falado antes.

—Como assim? Você precisa disfarçar. -Ela revira os olhos. —Eu não acho que ele seja uma pessoa boa.

Murmura ela, mas eu duvido muito disso, como uma pessoa ruim faria aquilo? Ele praticamente me salvou duas vezes.

—A única coisa que sabemos é que ele tem 21 anos, transou com a metade das garotas dessa faculdade e sobre a briga com o Theo.

Ela diz enquanto observava por onde passou.

—Ele joga futebol também. -Falo sem querer, lembrando de uma foto que vi na sala dele, na foto ele estava junto a um time e estava sorrindo, a primeira vez que vi um sorriso dele.

—Como você sabe? -pergunta ela, me seguindo pelo corredor.

—Não sei, ele só parece que gosta. -invento algo e por incrível que pareça, ela não diz mais nada.

—Eu vou pro refeitório, você vem?

Pergunta ela, eu nego com a cabeça, ela assente e continua andando até o fim do corredor, entrando na porta do refeitório.

Sou pega de surpresa quando vejo o Brown saindo do refeitório logo depois que ela entrou, o observo caminhar tranquilamente com as mãos do bolso da jaqueta.

Sorrio indo em direção a ele.

—Você está ótimo. -O elogio assim que me aproximo dele. —Pensei que você demoraria mais pra se recuperar.

Falo observando as feições dele, que estavam calmas demais e do nada ele para e me encara de maneira profunda, como se estivesse me estudando ou tentando me entender, isso é estranho.

—Isso paga pelos remédios? -ele tira uma nota de 100 dólares do bolso, eu rio nervosa e nego com a cabeça.

—Gastei 20 e de qualquer maneira, não precisa me pagar. -Dou de ombros.

—Tudo bem. -ele guarda o dinheiro de volta na jaqueta, voltando a andar e eu o acompanho.

—Você precisa parar com isso. -ele diz sem me olhar, mas eu o encaro, tentando entender o que ele quis dizer. —Seja lá o que for o que você esteja fazendo, não precisa ficar cuidando de mim ou se preocupando, eu posso me virar sozinho.

Franzo as sobrancelhas, eu não entendo o porque ele é assim tão fechado ou porque nunca permite que ninguém se aproxime dele, dessa vez as palavras dele não me abalam como as de antes.

—Tubo bem, eu acho você um bom garoto. -Afirmo, lembrando das palavras da Bride sobre ele e dou um soquinho no ombro dele pra reforçar, ele apenas olhou para ombro com as sobrancelhas erguidas, como se estivesse tentando entender.

Ele sempre parece que está tentando entender as coisas, como se nada fizesse sentindo na mente dele.

—Achou errado.

Responde ele e continua andando ao meu lado, isso já é um progresso, geralmente ele me deixa falando sozinha.

—O seu único problema, é que você não acredita em si mesmo.

Suspiro, tentando entender o que o faz se odiar tanto, pelo menos, é o que eu acho.

—Não espere que as pessoas façam isso por você.

Falo me referindo a todos em volta, que provavelmente assim como eu, com certeza tentaram se aproximar dele, mas desistiram.

Bride falou que eu sou sortuda por não ser xingada, porque na vez dela, ela recebeu um "cai fora, vadia".

Talvez eu seja mesmo.

—Nunca esperei por isso.

Ele diz.

E essa é a parte que eu abro a boca pra responder ele, ele me deixa sozinha.

Sorrio enquanto o observo se afastar com passos largos.

Sorrio enquanto o observo se afastar com passos largos

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