•livro totalmente independente, porém se quiserem entender melhor, leiam sem razão antes•
Ele não é bom, ele não é a luz, não é a calmaria, muito menos a paz.
Ele é um caos, formado por cacos que cortam a quem tocar.
E ele sabe que não é bom pra ni...
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—Deixa ver se eu entendi, você quer que eu vá a uma festa com você amanhã, que é a uma hora daqui? -Ele concorda, enquanto brincava com a alça da minha bolsa. —Claro que eu vou.
Falo animada, não sei muito o que vai ser daqui pra frente, mas de qualquer forma, não quero perder o pouco que eu consegui.
—De quem é a festa? -Pergunto, vendo as pessoas saindo.
Nós já fizemos a prova e estamos aqui sentados na árvore de sempre, eu não poderia estar mais aliviada por tudo estar bem.
—De um colega. -ele da ombros, me olhando. —Eu não queria ir sozinho.
Ele murmura e eu sorrio.
—Como você está se sentindo? -pergunto, apesar dele está falando mais que o normal, ele me parece distante.
—Nervoso. -ele responde, desviando o olhar pra grama.
—Por que? Por uma festa? -pergunto, isso me parece novidade.
–Porque talvez eu não tenha sido um cara muito bom pra esse colega. -Ele fala com um ar de mistério e eu me aproximo, curiosa.
—E o que você fez? -pergunto e ele me olha com as sobrancelhas franzidas. —Essa é a parte que você fala que não é problema meu?
Brinco, fazendo ele rir, meu coração erra algumas batidas enquanto escuto o som rouco da risada dele.
Oh meu Deus.
—Fui insensível com ele, ele perdeu a família e eu caguei pra isso. -murmura ele. —E também consegui separar ele da namorada.
Ele sorri.
—Isso não parece algo que você faria, você não me parece tão ruim a esse ponto. -Falo sem acreditar.
—As coisas mudam em 4 anos. -ele diz me olhando.
Suspiro, acho que esse assunto não o deixa confortável, mas fico feliz por ele ter se aberto pra mim, pelo menos um pouco.
—Quer ouvir sobre quando eu raspei meu cabelo? -Perguntou me aproximando ainda mais, me apoiando em seu ombro.
—Com certeza não. -ele diz e eu mesmo sem ver, consigo sentir seu sorriso.
—Tá, vou contar.
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—Quem é o cara? -meu irmão pergunta, se sentando ao meu lado no sofá.
—Que cara? -Pergunto de volta, mudando o canal da Tv.
—O cara que vai fazer sua cara travar por causa desse sorriso que você está dando, olhando literalmente para o nada enquanto passa por vários canais.
Ele diz tirando o controle da minha mão.
—Vai me dizer ou não? -pergunta ele de novo.
—Mas não é nada Luke, ele apenas me convidou pra uma festa. -falo animada. —Isso é um puta avanço.
Ele franze as sobrancelhas.
—Não sei se entendi. -ele murmura. —Desde quando você fica assim por que um cara te chamou pra uma festa?
—Ai Luke, eu também não sei, só estou feliz.
Dou de ombros, pegando o controle de novo.
—Então Coraline Morris está apaixonada de novo, depois de anos? -ele brinca e eu reviro os olhos. —Não me esqueci do último, Nick era um cara legal.
—Até ele me trair com quem ele dizia ser a prima dele. -Completo para meu irmão, que me olha sério por alguns estantes.
—O que eu quero dizer é que ele foi seu primeiro e seu último namorado, porque você ficou totalmente traumatizada, então isso é totalmente novidade pra mim.
Ele diz exatamente como meu pai e ainda tinha esse olhar pidão, querendo que eu contasse mais.
—Ah claro, fiquei super traumatizada por caras que têm primas. -Ironizo. —Eu estou de boa, você e o papai que pensam longe demais.
Digo, sem nem ao menos saber o que sinto, não pensei nisso na verdade.
Tudo o que pensei foi que queria ele de novo, e de novo, e de novo, não sei bem o que significa.
Luke bufa ao meu lado.
—Mas se algo acontecer, juro que conto. -Falo sincera. —Você ainda tem aquela fotos de quando eu fiquei careca?
Pergunto, ele fez um monte de cópias pra colar pela casa no meu aniversário do ano passado, quase esganei esse idiota.
—Mas é claro, sempre que to triste, olho pra elas pra rir da sua cara de pinto. -ele diz rindo e eu fecho a cara.
Não foi uma época fácil pra mim, talvez os Hormônios de uma adolescente de 15 anos, a faça fazer coisas impulsivas.
Eu me arrependi 1 segundo depois que terminei de raspar meu cabelo.
O Aaron não acreditou em mim quando contei que acordei em um dia qualquer com vontade de raspar o cabelo, fui lá e fiz.
Chorei uma semana consecutiva.
—Pelo menos não cai de cara em bosta de cavalo. -retruco acabando com a graça dele.
—As vezes eu tenho pesadelo com o gosto dela na minha boca. -ele diz e e faço uma careta de nojo.
—Pode me dá uma das suas dezenas de fotos ? -Peço.
—Pra você encarar sua derrota todos os dias? -ele ironiza.
—Vai se ferrar, Luke.
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