Capítulo 16

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A escuto, dedicando minha total atenção a história do coelho medroso que gostava de todo mundo menos dela e que comia todos os seus sapatos

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A escuto, dedicando minha total atenção a história do coelho medroso que gostava de todo mundo menos dela e que comia todos os seus sapatos.

—Desde então, eu nunca tive mais bicho nenhum, eles me odeiam. -ela faz biquinho e sorri logo depois. —E eu fui a única que chorou quando ele morreu, da pra acreditar?

Ela diz com um ar de indignação, como se ela tentasse entender o porque animal nenhum gosta dela.

—Inacreditável. -murmuro, a fazendo sorri mais ainda.

É irritante o quanto de sorriso ela deu só nessa conversa, suspiro mudando minha atenção para o céu, em quatro anos, eu posso dizer com toda certeza, que estou no auge do meu bom humor.

—Quer tomar sorvete?- ela pergunta.

—Não. -respondo apoiando minha cabeça no tronco da árvore.

—Chato. -ela murmura baixo, acho que a intenção era que eu não escutasse.

Sorrio ainda olhando o céu.

—Podemos brincar de algo, pra ajudar o tempo passar mais rápido. -ela faz uma pausa e continua. —Nós temos que fingir, quer brincar?

Ela pergunta e eu a respondo:

—Não.

Escuto ela bufar e olho pra ela.

—Como seria essa brincadeira? -Pergunto, acho que já tenho uma noção básica do que ela quer com isso.

Ela sorri animada.

—Você finge que quer muito tomar um sorvete e eu finjo que quero pra te fazer companhia, quando na verdade, eu quero muito tomar um sorvete.

Ela suspira, olhando para o outro lado da rua, aonde tinha uma sorveteria, que também fazia parte da faculdade.

—Por que não vai com a Bride? -pergunto olhando em direção a morena que estava sentada sobre a grama, sozinha.

—Por que ela acha uma perda de tempo eu tentar me aproximar de você e que o máximo que eu conseguiria era uns amassos e uma boa transa.

Ela responde de maneira Franca e eu franzo as sobrancelhas, acho que uma pessoa normal não falaria essas coisas de cara, sorrio observando as bochechas dela corarem, mas não de vergonha, ela parecia Brava.

—Ela está certa. -Falo, sabendo que é a verdade, é o que a maioria das pessoas conseguem de mim.

—Droga. -ela ironiza. —Eu não quero amassos e uma boa transa, não podemos ser amigos?

—Não.

Respondo a pergunta dela, ela sorri e por que caralhos eu sorrio também?

—Tuudo bem. -ela se levanta. —Agora podemos ir comer sorvete?

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