O meio fio nunca foi tão confortável como agora, mas talvez eu esteja muito bêbada pra ter certeza.
Observo Aaron, que agora estava em um silêncio eterno.
É agonizante saber que provavelmente passa um monte de coisas na mente dele, mas ele sempre está assim: em silêncio.
Eu poderia fazer como qualquer uma pessoa com amor próprio: me afastar, já que ele deixou claro um bilhão de vezes que não me quer ao seu lado.
Mas não tem um pingo de verdade nisso, se ele realmente quisesse isso, porque tentaria concertar as coisas falando o nome dele pra mim? E Aaron combina muito mais com ele.
Agora ele está aqui do meu lado, com os pés batendo freneticamente enquanto as mãos tampavam o seu rosto, ele está agindo como se tivesse feito a maior idiotice da vida dele, quando na verdade ele só me contou o nome.
Estico o braço, torcendo pra ele não sentir quando meus dedos tocaram a mecha de cabelo dele, tentando a por no lugar.
Ele nem sequer se meche, então acho que tudo bem eu continuar ajeitando o cabelo dele.
—Finalmente. -Falo enquanto observo o cabelo dele arrumado, sem mecha alguma fora do lugar.
Ele tira as mãos do rosto e me encara, meu sorriso se desfaz quando a mecha filha da puta sai do lugar, de novo.
—Deixa eu cortar ela? -peço, tentando a alcançar de novo, mas dessa vez ele me para.
—De um a dez, quão bêbada você está? - ele pergunta enquanto ainda segurava meu pulso, firme o suficiente pra eu sentir algo não muito normal na minha barriga.
— Dois e meio. -falo firme, tirando meu pulso dos dedos dele, na tentativa de fazer esse sentimento estranho parar, mas piora mais ainda quando noto um quase sorriso dele.
Olha essas covinhas, meu Deus.
—Veio com quem? -ele pergunta enquanto se levantava.
—Sozinha, o Luke me deu bolo. -suspiro, meu irmão disse que tinha um expediente hoje, em um emprego que eu nem sei qual é.
—Entendi, vai dormi aqui na Bride? - Aaron pergunta e eu sorrio pela quantidade de palavras que ele usa, ele estende a mão pra mim.
—Não, ela está estranha. -falo enquanto pego na mão dele, a bebida tá fazendo eu sentir coisas estranhas. —Vou pedir um táxi.
Me levanto com ajuda dele e ele solta minha mão.
—Ta bom.
Ele recua alguns passos, dou de ombros enquanto peço um táxi pelo celular.
—Você também vai embora? -pergunto me aproximando dele, ele apenas concorda com a cabeça e tomba a cabeça pra trás, encarando o céu estrelado.
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CAOS
Storie d'amore•livro totalmente independente, porém se quiserem entender melhor, leiam sem razão antes• Ele não é bom, ele não é a luz, não é a calmaria, muito menos a paz. Ele é um caos, formado por cacos que cortam a quem tocar. E ele sabe que não é bom pra ni...