Capítulo 44

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—Por favor, deixa eu ir

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—Por favor, deixa eu ir. -A cora praticamente implora ao meu lado. —E se você surtar e quebrar tudo? Ou se ela surtar e quebrar tudo?

—Eu não vou surtar e quebrar tudo, espero que nem ela. -Falo a dando um beijo rápido, a deixando calada por tempo o suficiente pra eu sair do carro. —Vou ficar bem, juro.

Suspiro olhando pra casa onde um dia eu morei, mais acabada que antes, as paredes brancas já estavam encardidas, os grades do portão já estavam descascando, mas mesmo assim, tudo ainda esbanjava riqueza.

Passo pelo portão de grade que já estava aberto e caminho até a porta, surpreso que até agora eu não senti nada de negativo.

Bato na porta e olho pra trás, vendo a cora escorada no carro, me encarando.

Minha atenção volta para a porta quando ela é aberta, encaro os olhos azuis que me olhavam repletos de surpresa.

—Senhor...Brown? Minha nossa. -Ela diz nervosa. —O senhor está tão diferente.

A dona lisa diz me analisando, me surpreendi por ela ter durado tanto aqui como governanta da casa, desde que eu tinha uns 15 anos.

—Não espera ver você aqui, lisa. -Analiso os cabelos já grisalhos dela.

—Alguém precisava cuidar da sua mãe. -Ela fala em um suspiro e seguro a vontade de falar que ela não é minha mãe.

—Ela está doente?- Pergunto, eu não sei muito do que aconteceu por aqui, nem sequer me ocupei ligando para o Dick pra saber de algo.

—Você não soube? O senhor....-Antes que ela pudesse terminar, A mulher que um dia chamei de mãe aparece.

E por incrível que pareça, eu não recuo, a olho firme, vendo ela desabar enquanto me via.

—Com licença. -Lisa diz se retirando e eu entro, não sinto mais nada familiar na casa, na verdade, acho que nunca senti.

—Você voltou pra casa? -Ela se aproxima, com seu rosto todo molhado pelas lágrimas que caiam sem parar.

—Não.- Respondo analisando a mulher que estava em pratos na minha frente, não parecia a mesmo de anos atrás.

Agora só vejo uma mulher deprimida.

—Cadê todo mundo?-Pergunto percebendo a solidão do lugar, tento me livrar de qualquer emoção negativa que todos me causaram nesse lugar, principalmente nessa sala, o lugar favorito do marido dela pra gritar comigo.

—Eles foram embora. -Ela diz em meio aos soluços. —Rick voltou pra faculdade e seu pai.,,Encontrou alguém melhor que eu, sou só eu agora.

Suspiro, eu não sinto mais raiva, magoa ou rancor por ela, eu sinto pena.

Mas como você está? Está estudando? Namorando? Com filhos?. -Ela pergunta de maneira animada mesmo com as lágrimas caindo.

Ela se senta no sofá e eu continuo em pé.

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