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havia várias bebidas espalhadas por toda a casa de Bárbara, duas enormes chopeiras adornavam a mesa da cozinha onde alguns garotos monopolizavam. Fernanda entrou na frente com seu namorado Raul. Foram direto para o chop onde cada foi logo se servindo. Narcisio entrou atrás examinando o lugar , surpreso. Nunca tinha ido em festa daquele tipo. Para ele era algo novo, aquilo parecia mais como nos filmes americanos dos anos oitenta. Todo mundo chapado falando merda. Estava usando a mesma roupa que chegara e a mesma que iria fazer a tal prova do concurso. Alguns garotos lhe olhavam desconfiados quando pegou uma bebida e virou o copo. Não o conheciam. Não era da cidade, com certeza. Amigas de Bárbara dançavam funk rebolando seus traseiros duros para lá e para cá. Narcisio achou excitante e ficou ali parado, o membro fazendo força no fechecler, a música fazendo apologia ao sexo, a bebida fazendo já o seu efeito. 

Rebola, rebola, rebola nessa tora

Vem bate com força

Senta senta senta

Eu aguento. Eu aguento.

Eu aguento pode crer

Narcisio era um garoto bem diferente daqueles ali  presentes. Era do tipo natural, sem brincos, sem cortes de cabelos estranhos, sem gírias. Parecia um tio, era verdade. Mas aquilo era diferente, e as garotas se amarraram.

Conhecia a cultura dos garotos mimados da cidade grande. A maioria não conhecia nem os nomes de frutas e verduras. Eram verdadeiros idiotas que passavam o dia e a noite jogando indiretas nas redes sociais. Odiava aquele tipinho de gente. Subia nele a vontade de espancar o safado. 

No meio de muitos garotos, a maioria figurinha repetida , Bárbara viu aquele garoto com as mãos esticadas para o alto, os pelos da barriga aparecendo, levando para o caminho da perdição, ele estava ali, perto da janela com uma bebida na mão apreciando um cigarro de leve, sentindo a brisa no ar.

Bárbara se sentiu levada. Ele era muito lindo com aquela pele bronzeada, os cabelos bagunçados parecendo um surfista. Meu Deus, gatooo! Ela suspirou.

— Oi. — disse ela surgindo do lado do menino.

— Oi,Tudo bem? — ele sorriu.

— Sim, sim. Você deve ser o primo da Fernanda, não é? 

— O próprio. E você a dona da festa, não é?!

— Sim. — ela sorriu de volta. — Como você adivinhou?

— Porque está cheirando a ovo.

—HÁ, há, há. Você é esperto. Já tomei banho duas vezes mas ainda nao saiu esse cheiro.

— Parabéns. A festa está legal. Mas vejo que tem muitos idiotas por aqui.

— Quê! — exclamou Bárbara, surpresa com aquele comentário. — Você está chamando os meus amigos de idiotas?

— Sim. Não sei como você consegue aturá-los. Você parece ser legal, merecia coisa melhor.

— É? Tipo o que?

— Sei lá. Só sei que eu tô aqui.

— E você não é como eles?

— Não. Mas você tem que tirar a prova dos nove.

— Como assim? 

— Não sei. — disse ele alisando a face da menina. Depois apertou seu queixo. Bárbara ficou vermelha. Suas mãos desceram até o ombro direito da garota, descendo a alça da sua blusa. Bárbara sorriu, nem aprovando nem reprovando a atitude do rapaz. Aquilo era muito excitante e provocativo.

— Você é atrevido, né?

— Você acha?

— Sim. Mas eu gosto disso. — corou a garota.

— Não tem outro lugar pra gente ficar? Tem muito idiota aqui.

— Você é bem encrenqueiro, né!

— Sim. E eles não param de olhar pra gente.

— Ah, nem liga. Tem outro lugar sim. Vem. — pegou a mão do garoto e saiu pela porta dos fundos. Praticamente todos da festa viram aquilo, menos Fernanda que tinha ido ao banheiro.

Bárbara levou Narcisio até o seu quintal onde um imenso cachorro latia amarrado em uma corrente. O cão parecia estar puto pois a baba escorria da boca como um cano vazado. Narcisio só enxergava os olhos reluzentes do animal naquele breu. 

— Acho que aqui está bem melhor. — disse ela.

— Sim. Bem melhor. — ele respondeu  beijando a boca da garota. Suas mãos foram direto nos seios de Bárbara, apalpando forte e descendo entre lambidas para o pescoço. Sentia o palpitar forte do coração da menina, então despiu silenciosamente o sutiã chupando os seios como chupava as mangas do seu quintal. Os seios da menina eram duros como uma maçã e o bico como uma chupeta. Narcisio mamava, louco da vida. Bárbara também tirou a camisa do menino dando mordidas no seu pescoço e lambendo os mamilos de Narcisio. Nossa! Aquilo era novo. Muito gostoso. Não sabia que sentia prazer nos mamilos. Bárbara chupava os mamilos de Narcisio que revirava os olhos de prazer. Depois a menina desceu aquele caminho dos pelos da barriga que levavam ao paraíso. Então baixou a calça e a cueca e engoliu a rola do menino.

Quando dera meia noite em ponto, Fernanda deu por falta do garoto. 

— Onde tá o Narcisio? — perguntou ao namorado. 

— Eu vi ele com a Bárbara. Os dois sumiram.

Rapidamente Fernanda pensou: eles estão transando. Bárbara sempre dizia a amiga que levava os garotos que ficava para a parte inferior da casa. Bárbara era conhecida como raspadinha. Raspava tudo de novo que via. Não podia ver um novato que o fogo subia pelas entranhas. 

Dez minutos depois, os dois voltaram para a festa. Narcisio estava com a roupa toda amassada e com o pescoço cheio de periquito. Fingia dar tapa reclamando de muriçocas. 

Fernanda veio até o garoto dizendo que já deviam ir embora. Narcisio disse que ainda ia ficar mais e que eles já podiam ir e que não deviam se preocupar com ele.

— Negativo! — esbravejou Fernanda. —  Não sou babá de ninguém e não vou ouvir xavecadas em casa quando chegar e minha não ti ver comigo. Você vem com a gente. Além do mais você nem sabe andar por aí.

— Não esquenta a cabeça, guria. Pode ir que eu dou meu jeito. 

— Pois você vai agora. — Fernanda puxou os braços do garoto como uma mãe ciumenta. 

— Ei, me larga, porra. Já te falei que eu dou meu jeito, caralho!

— Deixa esse viado pra lá, Fernanda. Bora embora. — se intrometeu Raul.

— Isso. Escuta a bicha do teu namorado. 

— Como é que é, parceiro?! 

— Isso que você ouviu, meu chapa. Tá a fim de briga é só correr dentro.

— Vamos embora, Raul. Deixa esse filho da puta pra lá. — puxou Fernanda, abruptamente.

— Coitado! Não aguenta um cascudo.

— É você quem tá dizendo. Corre dentro, bora. Ou então te adianta se tiver com medo.

— Vamos, Raul. Deixa esse moleque pra  lá. Por isso eu não queria trazer ele. É um saco de problemas.

— Tchau. Deixa que eu me viro sozinho. Não nasci pregado com vocês.

Dizendo isso, Fernanda e o namorado saíram da festa deixando o malandro sozinho, chapado e sem destino na festa.

Dormindo com o Sobrinho Onde histórias criam vida. Descubra agora